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CHARUTOS, CIGARROS, BEBIDAS...


 A pouco tempo um iniciado no candomblé perguntou-me o porque de exus na umbanda fazerem uso de cigarros, charutos, bebidas, etc. Devemos refletir e compreender, que nossas queridas entidades e ai me refiro também, a caboclos, erês, pretos-velhos, boiadeiros e outras manifestações já alcançaram um grau elevado de espiritualidade e o uso de tais materiais não é um requisito imprescindível, para que tais manifestações cumpram suas tarefas rituais. Vale ressaltar, que nas umbandas, que realmente trabalham sem sincretismos, quando o médium inicia o desenvolvimento, tais entidades muitas vezes nem falam, sendo gradativo o processo de manifestação e por isso nem se valem de tais práticas, do fumo e da bebida. Portanto é preciso deixar claro, que no nosso entendimento, o fumo e a bebida são instrumentos não só de materialização de energia, mas também formas de conexão dessas entidades, enquanto permanecem em transe e realizando seus trabalhos espirituais. O cigarro, o charuto, a bebida são rememorações de épocas remotas nas quais essas entidades encontravam-se no plano material e desses usos se valiam e deles extraíam momentos de elevação íntima e particular. Algo que lhes causavam boas sensações e que agora canalizam nossos sentimentos de agradar e proporcionar aquela entidade o prazer de estar conosco em nosso plano físico. Tais substâncias utilizadas no campo da espiritualidade assumem um papel de fluidos, pelos quais também são imantadas energias, para nossa positividade. Agradar a entidade com tudo que lhes causava alegria, felicidade, prazer significa não tão só a lembrança, mas o desejo de que por meio desses objetos, essas mesmas entidades sintam o desejo de estar em nosso meio e praticar seus rituais materializando soluções para os nossos problemas, curas espirituais, equilíbrio e troca de energias. Mas é importante ressaltar que a entidade não depende disso, para exercer seu poder mediúnico e você que está no plano da materialidade e cujas substâncias podem alterar nosso estado de consciência precisa ter o esclarecimento, de que o proveito e os efeitos não são para o seu deleite e sim da entidade. Portanto não abuse, não cometa excessos, pois o que corrompe, o que excede, o que extrapola, não é divino é humano.

Babalorixá Alam de Oxaguiã 

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