DIJINA é uma das palavras do Kimbundu mais conhecidas aqui na diáspora Ndongo. No candomblé ficou preservada através dos séculos ecada munzenza (iniciado/a) recebe sua DIJINA, ou seja, seu NOME que será a forma de identificação a partir daquele momento, especialmente nos momentos litúrgicos, mas não somente, como veremos muitas pessoas que têm sua identidade fora das portas dos terreiros em nossas línguas como Nengwa Ngwangwasese, Nengwa Lembamuxi, Nengwa Mesoenji, Tata Muta Ime, Makota Mbwanji, Mesueyandu... ... ... A dijina é algo tão importante para nós, povo africano, que mantivemos essa estrutura mesmo em outras nações de candomblé como podemos conferir em Yorùbá na nação Ketu ORÚKỌ e em Fɔngbè da nação Jeje HUN NYI em nomes importantes como ìyálórìṣà Ọdẹ Káyọ̀dé, Ẹ̀gbọ́n mi Ọdẹ Ọfàrà Ire Igbó (Àkànbí Ọdẹ), Bàbáláwo Bámgbóṣé... ... ...
Existem algumas casas de candomblé que preservam o nome de iniciação apenas dentro dos momentos litúrgicos. A depender da etnia africana o nome pode sim ter restrições a determinados espaços e momentos ou período da vida bem como pode-se receber mais nomes ao longo da vida ou das diferentes etapas iniciáticas de cada etnia além de ter no próprio significado do nome mais uma razão para a restrição em alguns casos. Nossa África é muito grande e linda e cheia de aprendizados.
Março está chegando com turmas novas de Kimbundu. Venha se juntar a nós neste ano e reavivar nossas línguas!
Informações e matrículas: (71) 993 877 675 kalungaidiomas@gmail.com
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