Dentro da egrégora um dos sons que emitimos é o som das palmas. Este som precisa ser realizado de forma rítmica e em sincronia com o toque proferido pelas Jingoma (atabaques), uma das coisas que mais quebra a egrégora (além da falta de sinergia no pensamento) é a palma fora do ritmo. Aquelas palmas no padrão capoeira então (um, dois, três.... um, dois, três) é de fazer qualquer cantador e tocador perder o ânimo (acho que nem o Santo da conta...rsrsrs).
Existe uma palma que é executada pelos adeptos do candomblé de Angola que denominamos de Makó/Tunda/... e é universalmente chamado de Pawó/Paó.
Makó não é um simples bater de palma, ele tem diversas variações litúrgicas e familiares.
- Tem Makó 3 por 4;
- Tem Makó 3 por 7;
- Tem Makó com 3 palmas e a continuidade com diversas palmas mais baixas até o "som sumir";
- Tem Makó 3 por 6;
- Há quem diga até que tem Makó específico por divindades;
Realizamos o Makó para diversas situações:
- Ao finalizar determinadas obrigações;
- Ao iniciar determinadas obrigações;
- Ao terminarmos de proferir determinadas rezas;
- Ao terminarmos um festejo;
- Ao nascer de um iniciado;
- Existem rezas específicas para ser realizar o Makó
Dentro do culto as mãos são sagradas, em alguns casos funcionam como canalizadores de energias. Alguns seguimentos consideram as mãos como receptores e dispersadores de energia, onde uma recebe energia e a outra ao mesmo tempo dispersa.
As mãos ou a mão estendida diante das divindades, para além do respeito, buscam a canalização da energia emitida.
Makó não é uma palma como outra qualquer.
Makó é a sonorização rítmica do apresentar-se do meu ancestral para o seu ancestral.
Tenha um excelente dia !
Bença a quem for de direito !
Tata Kasulmebê
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