Manoel Rufino de Souza, Pai Rufino do Beiru, conhecido como "Bom no Pó" devido seu notável conhecimento dentro do Culto aos Orixás e Nkisis, no que tange às zorras (pós ritualísticos). Conforme apontado pelo Ogã Antônio Rufino (filho consanguíneo e primeiro Ogã de S. Rufino no Beiru), a casa fundada por venerável Rufino (Ilê Tomi Bokum) teve passagem por dois locais até sua solidificação no Beiru, em Salvador: Bêco do Sabão e Liberdade.
Iniciado por Miguel Arcanjo de Sàngó, do Terreiro Massaganga de Kariolé, fora consagrado para o Orixá Oxum na nação Amburaxó, tendo amizade com Gaiaku Luiza, Mãe Meninha do Gantois, Pai Bobó de Iansã (ambos in memoriam) e outros. Tendo alguns de seus filhos iniciados na tradição do Terreiro do Gantois.
Participava de ritualísticas tradicionais na Ilha de Itaparica (Presente de Oxum), teve importância em templos de egúngún, sendo este um legado herdado por seu filho Antônio que se manteve no culto aos Orixás e Eégún. Faleceu em 1982, deixando 07 filhos consanguíneos e muitos filhos espirituais. A raiz de S. Rufino permanece em atividade através dos descendentes que lutam bravamente para tal. O culto a Oxum ocorre no mês de Dezembro nos tempos atuais, dentro do quarto consagrado a este Orixá.
Texto: Caio Victorino - Ọmọ Ọbàtálá;
Fotografias: Autoria desconhecida; Vanilla
Nas fotografias: Pai Rufino.
Referências:
1 - BABALORISÁ Rufino do Beirú. Direção: Aurelio Bernacchi. Ile Ase Tomi Bokum, 2017.
2 - SOUSA, Zevaldo. O Terreiro Ilê Axé Alabaxé – “"A Casa que Põe e Dispõe de Tudo". Para o blog "LabHis", Manaus, 2012.
3 - HANIEL, Nikson. Manuel Rufino do Beiru. Para o blog "Peixinho de Kaiala", Maragogipe, 2012.
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