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O FERRO DE ÒGÚN E A FERRUGEM.

Existe um mito do qual relata que a ferrugem é a inimiga do ferro, pois a mesma pode destruí-lo. Assim sendo, o Inimigo do Ferro passa a ser o Inimigo de Ògún.
Pois bem... Acredito que não seja nenhuma novidade que os ferros forjados dentro dos assentamentos de Ògún, sejam besuntados com azeite de dendê. Alguns afirmam que este costume tem como finalidade “aplacar” o caráter violento do Deus do Ferro. Claro que este costume tem fundamentação, pois entendo que uma das funções do azeite de dendê é justamente o de propiciar calma.
Entretanto gostaria de compartilhar com todos a análise deste costume de outro ângulo, ou seja, do lado da ciência. A ferrugem é o resultado da reação entre o ferro e oxigênio. A união desses dois elementos forma um terceiro, o óxido de ferro, popularmente conhecido por ferrugem. Só que esse “casamento” não acontece tão simples assim. Ele necessita da ajuda da água. O ferro só consegue se unir ao oxigênio do ar se o mesmo liberar elétrons, pois quando essas partículas de elétrons saem do metal, abrem espaço para o oxigênio entrar. Só que os elétrons precisam de uma força para isso, é aí que a água entra. O líquido ajuda os elétrons a saírem do metal, como se os puxasse para fora. O caminho fica livre para os átomos de ferro juntar-se aos átomos de oxigênio, e darem origem a ferrugem. Claro que nem é preciso jogar água no ferro para criar tal corrosão. O próprio ar da atmosfera, afinal, já vem carregado de umidade.
Dessa forma, podemos entender claramente, que o azeite de dendê forma uma película em volta das ferramentas de Ògún, que impede que o ferro entre em contato direto com a água e o ar. Como não há ferrugem sem a presença dos dois, o ferro se salva.
Religião e Ciência se fundem, mas não se confundem!
Foto: Ilê Àsé Òmó Òyá Petú
Créditos: Guido Sarracino Junior.

 

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