Hoje observei um acontecimento em minha casa de santo, que certamente é frequente em todas as demais casas.
Sempre que um pai de santo marca algo no terreiro, começam as ladainhas:
“Aí pai, tenho que ficar com minha mãe”
“Aí pai vou trabalhar não posso”
“Aí pai tô sem dinheiro”
“Aí pai meu carro quebrou”
“Aí pai tenho que estudar”
“Ai pai mas o senhor não avisou”
Etc...
Sempre são desculpas e mais desculpas. Porém, o que os filhos não pensam, é que quando um sacerdote marca algo na casa para todos, é para o bem de todos. Se marcou algo, é porque viu que algo precisava ser cuidado ou evitado, para que seus filhos não se prejudiquem. Mas os filhos não conseguem enxergar isso.
Mas e o outro lado? Pai de santo não trabalha? Sim, eu trabalho. Trabalho no mercado financeiro e tenho que manejar meus alunos de cursos! Carro de pai de santo não quebra? Pai de santo não tem família para cuidar? Para ficar? Pai de santo tem tudo que uma vida normal tem. Só que sabe a diferença?
A diferença é que um pai de santo está focado no bem maior, no fazer o melhor para os seus. No fazer o melhor para os Santos! Pai de santo sabe que se acontecer algo de mal a um filho, aquele filho se prejudicará muito, por isso corre para fazer as coisas.
A diferença é que um pai de santo está ali 24hrs para seus filhos. Mas seus filhos não estão 24hrs pra ele. Essa é a verdade. É aquela questão; “quem quer faz, quem não quer inventa desculpa”.
Acho que nós, pais, devemos começar a fazer o mesmo quando recebermos uma mensagem ou ligação: “pai tô desesperado, o Sr pode jogar pr mim hoje?” ou então “pai preciso muito falar com seu Exu! Tô muito aflito!”
Aí devemos começar a responder: “ih filho, não dá... Tenho que ficar com minha filha”... “ih filho, da não... Esse dia vou viajar”
Quem sabe assim valorizam...
AUTOR :- TATA ABAYOMI
0 Comentários