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MEDIUNIDADE X GIRA DE DESENVOLVIMENTO X POSSESSÃO


 É comum ouvirmos as mais diversas “pessoas” dizerem que ao adentrarem a Umbanda passam a participar da Gira de Desenvolvimento.


A terminologia “desenvolvimento” pode ser interpretada de diversas maneiras. A meu ver, o mais importante desse crescimento, é o espiritual, é tal fato acontece, quando refletimos e aplicamos as doutrinas benéficas emanadas através da Umbanda.

Lamentavelmente não é isso que acontece, visto que, uma grande maioria de “sacerdotes e sacerdotisas” da Umbanda utiliza esse termo para fazerem “puxadas” dos Guias Espirituais nos médiuns que ali frequentam, isto é, fazer com que os mesmos se manifestem com suas entidades (caboclos, compadres, etc).

Tais “dirigentes” desconhecem ou fingem desconhecerem que existem diversos tipos de mediunidade, e, que a mais complexa de todas, é a da “POSSESSÃO”, mas, mesmos assim insistem através de uma indução a suposta “manifestação” espiritual no (a) médium.

No Candomblé, não é tão diferente assim. Na concepção de “diversos (as)” pais e mães de santo, toda ou qualquer pessoa que se recolhe para ser iniciado e consagrado a um determinado ancestral (orixá/inquice/vodun) ao término das ritualistas e principalmente no tão falado dia do nome tem que estar possuído.

Ser iniciado, não significa ser possuído por orixá, inquice ou vodun.

Tais desconhecimentos ou falácias elaboradas e impostas aos noviços (as) são os alicerces dos mais diversos transes de expressão que ocorrem no Candomblé e na Umbanda.

O assunto acima exposto é a origem de alguns termos ouvidos quase que constantemente:

Exemplo: Na Umbanda - “Vim para a Gira, mas, hoje não darei passagem para meu caboclo”. Quando não: “Sou um médium com todas as obrigações arriadas. Meus guias são vem quando eu quero”.

CANDOMBLÉ E SUAS IMPOSIÇÕES:

Quando em obrigação, quelê, quando da “subjugação” do pai ou mãe de santo, ou “possessão” do primeiro iniciado do barco todos tem que sofrerem “possessão”.

Tudo isso acaba, quando o suposto iniciado deixa de fazer parte da confraria onde representava o seu papel de “elegun”, isto é. “aquele que sofre possessão”.

Ainda no que dizem respeito às falácias mantidas no Candomblé, tais “noviços (as)” após se desligarem de suas confrarias de origem passam a maldizerem seus pais e mães de santo, trocam de ancestral, e quando por ironia do destino se cruzam em outra cada de candomblé, desconhece quem os iniciou, fingem sofrerem possessão, e se deitam aos pés de outras pessoas.

Esse é o preço que se paga em alimentar transes de expressão (equê). O custo da MENTIRA.

Será que todas as "pessoas" possuem o Dom da Incorporação/Possessão?

Possessão é algo muito sério. Ancestral e Guia Espiritual de verdade não fica incorporando e desincorporando a toda hora, isto é, descendo e subindo a todo instante, tal quais passageiros de elevadores conduzidos por ascensoristas.

Adifá Oba Aláàiyé Fámãkindé.

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