Dentre as muitas incumbências dadas por Òrúnmìlà a Òsun (Oxúm), o de primeira e grande Ìyágbasè (Mãe responsável pela cozinha) também lhe foi confiado.
Oxúm é a dona da Síbí igi (colher de pau). Ela conhece todos os segredos dos alimentos e da arte de cozinhar. Um dos seus grandes encantos na cozinha é o Oyin (mel de abelha) que é muito utilizado em suas obrigações principalmente no ritual do Ìpètè (uma oferenda de Oxúm que denomina uma festividade).
Um Ìtàn (mito) Yorubá diz que Oxúm conhece todo o segredo do mel a das abelhas.
O mel de abelha foi um dos primeiros alimentos descobertos pela humanidade. Além de ser um saboroso alimento, o mel possui ótimos nutrientes, propriedades antissépticas, cicatrizantes, revigorantes combate resfriados e dores de garganta.
No Candomblé, ele é usado em muitos rituais e nos Ebo's onje's Òrìsà's (oferendas e comidas dos Orixás). O único Òrìsà que tem Èwò (tabu) com o mel de abelha é Òsóòsí (Oxossi).
Chamado de Èjè òdòdó (sangue das flores), o mel simboliza o amor, a doçura e a tranquilidade. É oferecido nos momentos em que a paz é necessária principalmente em situações sentimentais e familiares.
Òsun, òóré yeye o ní ìyáàfin ásírí nití oyin, mú dùn wa èémí!
(Oxúm, mãe da bondade e dona dos mistérios do mel, adoce nossa vida!).
Àséo!
Filhos do Ouro
@ikoodide
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