Na cultura Fon Mawu é a divindade da criação do mundo, onde é cultuada juntamente com seu par, inseparável, Lisá.Mawu-Lisá o inseparável par da criação, são deuses que existem antes de tudo e de todos.
Mawu é tida como o grande útero do universo à mãe geradora dos voduns e dos seres humanos.
Mawu é a fertilidade, a suavidade, a compreensão, a ponderação, a reconciliação e o perdão.
Esta ligada ao princípio feminino da criação, enquanto que Lisá é o princípio masculino.
Mawu é representada pela lua e Lisá pelo sol e também pelo camaleão (aganma), seu animal sagrado.
Lisá é o princípio masculino, o julgador, a impaciência, a força cósmica que castiga os homens errados e os corrige, a seriedade. Ele está sempre atento para que as leis de Mawu sejam cumpridas.
O casal criador também leva o nome de Dadá-Sègbó ( espírito vital ), Sémedò ( princípio da existência ) e Gbé-dotó ( criador da vida ).
Na criação de Ayikúngban, o Mundo, Mawu, deu seu domínio a Sakpatá. Sògbó permaneceu no Céu, governando os elementos e o clima. Ao vodun Agué foi destinado o domínio das plantas e dos animais que habitam a terra. O caçula Legba permaneceu junto de Mawu agachado a seus pés. Assim, todos os voduns e toda humanidade teria que recorrer a Legba para se comunicar com Mawu. Legba passou assim, a estar em toda a parte, para levar e trazer as mensagens dos seres criados ao seu criador.
Para os habitantes da região de Dassa-Zoume Mawu/Lisá são gémeos nascidos de uma deusa ainda mais antiga - Nanā Bulukú.
Nanā Buluku para o povo Ewes é uma divindade que criou o mundo e a natureza e sendo muito velha.
Em Abomey Nanā Bulukú é uma manifestação de Mawu.
O culto de Nanā Bukukú tem origem em Dassa-Zoume e está associada a Sakpatá, sendo considerada sua mãe.
Os lugares de culto de Nanā Bulukú estão situados em uma colina a beira da cidade de Dassa- Zoume.
O Hùnkpámè de Jèna templo dedicado a Mawu/Lisá, no Benin. Neste templo também são cultuados voduns como Gú, Agê, Jó e Ayídohwedo.
Os sacerdotes são os Mawunò e os Lisánò e as sacerdotisas recebem o nome de Nanā e Lisáná.
Fragmento de texto revista Olorun e
Hungbònò Sylvio D'Ogum
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