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O INHAME



O INHAME
Em Yorubá chamado de (isú). Para o Povo do Santo existem o inhame macho e o fêmea. O macho costuma ter formato fálico (cará), e o fêmea arredondado (inhame). O fêmea (inhame) é oferecido à Oxaguiã e este é seu oficial. Quando cozido e utilizado como massa ou em bolas, tem a função de amolecer, placar, estabilizar, amaciar tanto situações desfavoráveis, quanto pessoas.
Também faz referências à cultura subsistência, ao trabalho e à alimentação de cada dia. Poucos sabem, mas a quizila maior de Oxaguiã e dos outros orixás funfun são os inhames velhos. Eles devem ser oferecidos o mais recente possível após sua colheita, sem ser amassados, partes escuras ou podres.
O macho (cará) é consagrado a Ogum e a outros orixás que também aceitam. Quando o cará é utilizado após ser assado na brasa, sua função é aplacar a força agressiva de Ogum, e quando é preparado no carvão, possui a função de transformar a força agressiva em favorecimento. Também compõe o famoso “paliteiro” de Ogum, podendo ser ornamentado com inúmeras taliscas da nervura da folha do Dendezeiro.
Quando pilado cru (inhame) é utilizado para transformação de algo ou situação muito dura ou difícil de resolver, por isso nos ritos de Orunmila, os inhames novos são pilados crus e só depois a massa crua ou cozida é utilizada para oferecimento ao MESMO.
Quando utilizado cru inteiro, sua finalidade é produzir algo, porém dependerá de outros ingredientes integrados na oferenda, como pó de Waji. O inhame entra geralmente nos adimus de Oxaguiã e de Ogum, assim como em borís, feituras, e outras cerimônias de graduação no candomblé. Entra em ebós ajé e Exu, e nos ebós odu de Ejionile, Ofum, alafia.
Costuma-se usar a água do cozimento dos inhames como banho de Oxaguiã, sendo um forte banho de descarrego e proteção. O pó da casca do inhame seca e pilada também constitui um excelente atim que atrai energias positivas. Uma raiz de inhame colocada estrategicamente em uma residência ou estabelecimento comercial atrai a boa sorte e afasta as energias negativas.
Fonte:afrobrasileirismo
Adaptado por Fábio Oliveira.

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