É realmente os casos de Intolerância Religiosa no Rio de Janeiro, não para de crescer, mais uma vitima e menor de idade, passou por constrangimentos dentro das dependências da Escola Municipal Arco Verde, localizada na Praça do Patriarca, no bairro de Madureira, subúrbio da Cidade Maravilhosa.
Segundo relato do Pai da Menor o Sr. W.F, a professora passou um trabalho para a turma sobre Línguas, e sua filha, a menor J.M. de 14 anos, resolveu pesquisar e apresentar seu trabalho sobre a língua Yoruba na sala de aula (língua falada em sua religião, seus costumes) e de como os africanos conseguiria se comunicar no Brasil, durante o período da Escravidão e a influencia do Candomblé neste período.
A Professora para incentivar a turma (que era composta por alunos entre 14 e 16 anos) estava vestida com uma blusa de Matriz Africana, para que os alunos pudessem realizar um excelente trabalho e romper barreiras de dificuldade com relação à cultura do País.
Só que um grupo de alunos filhos de Famílias Evangélicas não aceitou o trabalho da colega e isto tudo resultou em insultos, palavras com denominações demoníacas e discriminação e preconceito. W.F, falou que a filha dele foi chamada de “Macumbeira” e que a sala de aula estava virando coisa de “ Capeta” e acusaram a Professora de falar só sobre religião.
Isto tudo causou um trauma na Menor J.M. diz seus pais , pois sua filha sempre foi educada e instruída com relação a temas elucidados dentro de sala de aula. A menor simplesmente fez um trabalho, expondo que a língua Yorubá foi dignificada e ampliada, devido as rezas e cânticos que se ensinavam no Candomblé e que muitas palavras passaram ser usadas no dia a dia do Brasileiro, inclusive nomes da Culinária.
O Pai W.F e a Mãe R.F. relataram que a Professora foi conscienciosa e solicita com relação ao Bullying e os atos de intolerância Religiosa, durante a apresentação do trabalho de turma, que na hora chamou atenção dos colegas de sala, mas os alunos num ato de revide levaram o assunto para Secretaria da Escola, que mesmo com esta confusão toda sua filha pode apresentar o trabalho.
A menor J.M. muito chocada chegou a casa chorando e teve que ser acalmada pelos seus pais , que conversaram com ela , dizendo que ela não pode se sentir oprimida , resistir, somente através do conhecimento, da leitura e da educação podemos exigir os nossos direitos.
W.F disse que sua esposa R.F. comunicou a M.E.C ( Ministério da Educação) e foi solicitado a Diretora da Escola para fazer uma reunião com os Pais , para que eles fiquem ciente do ocorrido, com sua filha e que não poderia acontecer mais isto , porque as Leis do Pais são feitas para serem cumpridas.
Os Pais também iram ser dirigir a DECRADI – RJ, delegacia especializada em Crimes Raciais e Delitos de Intolerância, que fica localizada no Centro do Rio.
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