Ìyámì Òsòròngá, energia ancestral feminina, cultuada por uma sociedade de mulheres. A sociedade de mães ou Ìyámì, é o conselho de mulheres idosas da aldeia, que é composto por iniciadas de Òşún, Yemojá e Oya, tendo Òşún normalmente como a líder. O conselho de anciãs adoram o espírito do ar, que é uma força masculina expansiva e que tem como seu mensageiro: o pássaro.
A sociedade Òsòròngá congrega as àjé – feiticeiras. Alguns itan de Ifá, ilustram que Ìyàmì tem o poder de se transformar em pássaros - èhurù, eluùlú, àtióro, àgbìgbò e òsòròngà, este último refere-se ao próprio nome da Sociedade. Eles empoleiram-se em algumas árvores como o Iroko. Esse, por sinal, é um dos motivos para que as pessoas não fiquem debaixo da copa de Iroko durante a noite, pois acreditamos que ela se esconde em seus grandes galhos.
São detentoras de grande poder, consideradas as donas da barriga. Ninguém pode com seus Ebó , são propiciadoras da alteração do destino de uma pessoa. Seus poderes são tamanhos que só se consegue, no máximo, apaziguá-las, vence-las jamais. Quando se pronuncia o nome de Ìyámì Òsòròngá quem estiver sentado deve se levantar, quem estiver de pé fará uma reverência, pois esse é um temível Òríşá, a quem se deve respeito completo.
Toda mulher é uma Ajé , Ìyámì representa os poderes místicos da mulher no seu aspecto mais perigoso. São as mães em cólera, que sem a sua boa vontade, a vida na terra não teria continuidade.
Ìyámì simboliza o princípio feminino, sendo responsável por todo o poder das mulheres, são as grandes mães ancestrais, que tudo criaram, transformaram e transmutaram desde o princípio da formação do Universo.
Sem o poder feminino, sem o princípio de criação, não brotam plantas, os animais não se reproduzem, a humanidade não tem continuidade. Assim, a mulher é o princípio da criação e preservação do mundo. Sem a mulher não existe vida, e por esse motivo deve ser reverenciada e respeitada. A mulher está diretamente ligada ao divino, serve como passagem e receptáculo do sagrado no mundo dos vivos, por gerar vida. A mulher é vista como o útero fecundado, a cabaça que contém a vida, a responsável pela continuidade da espécie e pela sobrevivência da comunidade.
A mulher tem o poder da vida, pois todos são gerados no ventre feminino, todos nasceram de uma mulher, sendo fundamentalmente importante se curvar ante à poderosa mãe. Todas as mulheres e todas as Divindades femininas, principalmente Òsún, Yemojá, Oya e Nanã, possuem uma grande ligação com Ìyàmì.
O culto à Ìyàmì sempre existiu, no entanto, o respeito que existe em relação a essa Divindade fez e faz com que o seu culto seja restrito. Ìyàmì é tida como a perigosa feiticeira, por isso recebe o nome de Ajé (feiticeira). O medo e o respeito acerca dessa divindade são tão significativos que, o seu principal nome, Òsòròngá, quase nunca é pronunciado.
O poder de Ìyàmì é intangível e desmedido, ela é sem dúvida, uma das Divindades mais poderosas e, essa é uma das razões para que as pessoas tenham tanto receio e medo em relação a elas. Ìyàmì é louvada por meio de cânticos específicos que enaltecem as suas características e por meio de oferendas que apaziguam a sua cólera, fazendo com que exista o equilíbrio necessário. Em momento algum podemos deixar de lado o perigo existente acerca de Ìyàmì, no entanto, não podemos deixar de recordar que Ìyàmì, é também, o princípio gerador feminino, a representação máxima da ancestralidade feminina.
Muito embora, grande parte do culto de Ìyàmì seja destinado às mulheres, existem os Oso, que são homens feiticeiros, mas infinitamente menos violentos e cruéis que as Àjé. Eles participam do culto, onde, em forma de submissão total as mulheres e ao seu poder, prestam reverência e homenagens à Ìyàmì.
Trazidas ao mundo pelo odú Osá Méjì, as Ajé, juntamente com o odú Òyèkú Méjì, formam o grande perigo da noite.
O objetivo da sociedade, que antes era exacerbar a maldade existente no poder feiticeiro de Ìyámì, modificou-se e as danças, os cânticos e as oferendas feitas em sua homenagem, visam, a aplacar a sua cólera ao em vez de incentivá-la."
No país Yorubá, as atividades das feiticeiras – Àjé – estão ligadas às das divindades, Òríşá, e aos mitos da criação. As Àjé são um dos pilares essenciais da sociedade, porém evita-se maldizê-las abertamente, pois se acredita que possuam uma força agressiva e perigosa.
Elas escolhem entre si, uma Ìyálóde (Erelú/Ògbóni), a mulher que dirige as mulheres em uma aldeia Yorubá. A Ìyálóde coloca o pássaro dentro da cabaça, a cobre e a entrega a mulher que quer obter o poder de Àjé. Este pássaro é enviado em missão, cada vez que a Àjé quiser combater alguém.
Elas estão diretamente ligadas a Sociedade Ogboni. Ogboni foi fundada para estabelecer a ordem e a paz em território Yorubá, com isso, o papel das Ìyámì, é justamente fazer esse controle entre os seres humanos. Aquele que não estiver cumprindo o juramento feito, de lealdade, fraternidade, caráter reto; é com Ìyámì que deverá prestar contas, ela faz esse controle e cobra os tributos.
Trabalho de pesquisa a vários autores:
Adaptado por Erelú Iyá Òsún Funké, Iyanifá Fun Mi Lolá (Fatima Gilvaz)
- Willian Bascon
- Wande AbimbolaÌYÁMÍ ÒSÒRÒNGÀ
Ìyámì Òsòròngá, energia ancestral feminina, cultuada por uma sociedade de mulheres. A sociedade de mães ou Ìyámì, é o conselho de mulheres idosas da aldeia, que é composto por iniciadas de Òşún, Yemojá e Oya, tendo Òşún normalmente como a líder. O conselho de anciãs adoram o espírito do ar, que é uma força masculina expansiva e que tem como seu mensageiro: o pássaro.
A sociedade Òsòròngá congrega as àjé – feiticeiras. Alguns itan de Ifá, ilustram que Ìyàmì tem o poder de se transformar em pássaros - èhurù, eluùlú, àtióro, àgbìgbò e òsòròngà, este último refere-se ao próprio nome da Sociedade. Eles empoleiram-se em algumas árvores como o Iroko. Esse, por sinal, é um dos motivos para que as pessoas não fiquem debaixo da copa de Iroko durante a noite, pois acreditamos que ela se esconde em seus grandes galhos.
São detentoras de grande poder, consideradas as donas da barriga. Ninguém pode com seus Ebó , são propiciadoras da alteração do destino de uma pessoa. Seus poderes são tamanhos que só se consegue, no máximo, apaziguá-las, vence-las jamais. Quando se pronuncia o nome de Ìyámì Òsòròngá quem estiver sentado deve se levantar, quem estiver de pé fará uma reverência, pois esse é um temível Òríşá, a quem se deve respeito completo.
Toda mulher é uma Ajé , Ìyámì representa os poderes místicos da mulher no seu aspecto mais perigoso. São as mães em cólera, que sem a sua boa vontade, a vida na terra não teria continuidade.
Ìyámì simboliza o princípio feminino, sendo responsável por todo o poder das mulheres, são as grandes mães ancestrais, que tudo criaram, transformaram e transmutaram desde o princípio da formação do Universo.
Sem o poder feminino, sem o princípio de criação, não brotam plantas, os animais não se reproduzem, a humanidade não tem continuidade. Assim, a mulher é o princípio da criação e preservação do mundo. Sem a mulher não existe vida, e por esse motivo deve ser reverenciada e respeitada. A mulher está diretamente ligada ao divino, serve como passagem e receptáculo do sagrado no mundo dos vivos, por gerar vida. A mulher é vista como o útero fecundado, a cabaça que contém a vida, a responsável pela continuidade da espécie e pela sobrevivência da comunidade.
A mulher tem o poder da vida, pois todos são gerados no ventre feminino, todos nasceram de uma mulher, sendo fundamentalmente importante se curvar ante à poderosa mãe. Todas as mulheres e todas as Divindades femininas, principalmente Òsún, Yemojá, Oya e Nanã, possuem uma grande ligação com Ìyàmì.
O culto à Ìyàmì sempre existiu, no entanto, o respeito que existe em relação a essa Divindade fez e faz com que o seu culto seja restrito. Ìyàmì é tida como a perigosa feiticeira, por isso recebe o nome de Ajé (feiticeira). O medo e o respeito acerca dessa divindade são tão significativos que, o seu principal nome, Òsòròngá, quase nunca é pronunciado.
O poder de Ìyàmì é intangível e desmedido, ela é sem dúvida, uma das Divindades mais poderosas e, essa é uma das razões para que as pessoas tenham tanto receio e medo em relação a elas. Ìyàmì é louvada por meio de cânticos específicos que enaltecem as suas características e por meio de oferendas que apaziguam a sua cólera, fazendo com que exista o equilíbrio necessário. Em momento algum podemos deixar de lado o perigo existente acerca de Ìyàmì, no entanto, não podemos deixar de recordar que Ìyàmì, é também, o princípio gerador feminino, a representação máxima da ancestralidade feminina.
Muito embora, grande parte do culto de Ìyàmì seja destinado às mulheres, existem os Oso, que são homens feiticeiros, mas infinitamente menos violentos e cruéis que as Àjé. Eles participam do culto, onde, em forma de submissão total as mulheres e ao seu poder, prestam reverência e homenagens à Ìyàmì.
Trazidas ao mundo pelo odú Osá Méjì, as Ajé, juntamente com o odú Òyèkú Méjì, formam o grande perigo da noite.
O objetivo da sociedade, que antes era exacerbar a maldade existente no poder feiticeiro de Ìyámì, modificou-se e as danças, os cânticos e as oferendas feitas em sua homenagem, visam, a aplacar a sua cólera ao em vez de incentivá-la."
No país Yorubá, as atividades das feiticeiras – Àjé – estão ligadas às das divindades, Òríşá, e aos mitos da criação. As Àjé são um dos pilares essenciais da sociedade, porém evita-se maldizê-las abertamente, pois se acredita que possuam uma força agressiva e perigosa.
Elas escolhem entre si, uma Ìyálóde (Erelú/Ògbóni), a mulher que dirige as mulheres em uma aldeia Yorubá. A Ìyálóde coloca o pássaro dentro da cabaça, a cobre e a entrega a mulher que quer obter o poder de Àjé. Este pássaro é enviado em missão, cada vez que a Àjé quiser combater alguém.
Elas estão diretamente ligadas a Sociedade Ogboni. Ogboni foi fundada para estabelecer a ordem e a paz em território Yorubá, com isso, o papel das Ìyámì, é justamente fazer esse controle entre os seres humanos. Aquele que não estiver cumprindo o juramento feito, de lealdade, fraternidade, caráter reto; é com Ìyámì que deverá prestar contas, ela faz esse controle e cobra os tributos.
Trabalho de pesquisa a vários autores:
Adaptado por Erelú Iyá Òsún Funké, Iyanifá Fun Mi Lolá (Fatima Gilvaz)
- Willian Bascon
- Wande Abimbola
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