TERREIRO DE UMBANDA EM NITERÓI PASSA POR INTOLERÂNCIA RELIGIOSA POR DIVERSAS VEZES.

 A situação se repete constantemente, mesmo com a denúncia na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância do RJ, o Babá de Umbanda Junior D. Xangô, vem passando situações complicadas com sua vizinha. O fato ocorreu no Templo luz de Umbanda, localizado no bairro de Fonseca em Niterói na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Com o registro de número: B.O 962-00116/2020, Pai Júnior procurou a Decradi/RJ no dia 17.08.20 , quando aconteceu a primeira ofensa , a sua Casa de Santo, seu registro foi petificado como: Preconceito de Raça , Cor , Etnia , Religião ou Procedência Nacional ( Lei. 7.716/89) e Injuria.

Pai Junior diz que seu terreiro é localizado neste endereço há seis anos, e exatamente há dois anos vem sofrendo com injúrias e difamações sobre sua pessoa e pela fé que professa, sua vizinha aos gritos e berros lhe denomina de : “ Macumbeiro Viado do Diabo “ , “ Colocaram o Diabo na minha Rua “ , além de atirar ovos e palavras de baixo escalão, tais como : “ Olha esse defumador seu Macumbeiro FDP ! Não quero defumador na minha Rua “ .

Seguindo as normas e regras da Covid 19 , Pai Junior suspendeu as Giras e só realizava as manutenções necessária do Terreiro.

E este ano novamente ontem foi xingado , e escândalos em frente ao seu terreiro foram escutados na rua inteira , além de seu templo ser abordado pela patrulha policial do 12º BPM , que foi acionada foi chamada pela Vizinha Intolerante .

Os Policiais dos 12 º Batalhão de Policia Militar de Niterói , interpelaram o templo e ficaram a favor da Vizinha , dizendo que a Lei do Silencio não permite tal reunião , mais os policiais só não sabiam que a lei realmente existe , mais ela permite também até as 22 horas qualquer tipo de atividade.

A vizinha num ataque de insensatez , diz que não aceita terreiro na Rua dela , não aceita capeta e demônio e sai gritando aos quatro ventos ali, para que todos pudessem escutar.

Pai Junior se sentiu humilhado perante o Policiais, pois a falta de informação, permitiu o uso do abuso Policial, até mesmo porque sua reunião terminou as 21h30min h, isso não dá o direito a ninguém de vir ao seu templo religioso sem embasamento nenhum impedi-lo de se reunir com seus fiéis e seguidores,que já estava com um quadro bem reduzido devido ao Coronavirus.

O Pai de santo e seus filhos vão retornar hoje a DECRADI , para uma nova reclamação , pois vê que a morosidade do Ministério Publico vem dando espaços para estes intolerantes , que nem a Lei respeita ,isso faz com que ele e seus fiéis se sintam coagidos e oprimidos por não ter direito nem dentro do próprio templo sentindo que sua fé vem sendo vilipendiada a todo momento, como se tivesse sendo caçado seus direitos religiosos.

Pai Junior ainda fez uma observação: diz que não vê ninguém chamando Policia para Igrejas Evangélicas e nem tentando impedi-los de realizarem seus cultos , e constrangido reclama do despreparos do Poder Publico na área de segurança com relação a assuntos religiosos. Deveria ter preparos destes Policias Civis e Militares,pois enfrentamos preconceitos e racismos religiosos o tempo todo e vem de todos os lados da Sociedade Fluminense.

Que lei é essa que nos ampara ? Que não nos resguarda? Porque os direitos não são iguais? Até agora o processo não caminhou e o Ministério Publico até a data presente não fez contato comigo.

A Vizinha é tão abusada que diz que ela esta acima da Lei e nada vai impedi - lá de não permitir o funcionamento do terreiro, e de xingar a todos que ali freqüentam e não medirá esforços para impedir o culto.

Bom é lamentável isso tudo, principalmente quando você vê a justiça caminhar a passo de tartarugas e isso pode ocasionar uma tragédia, um incêndio ao templo e até mesmo num assassinato.

O Agen Afro encaminhará mais uma vez a denúncia a DECRADI/RJ e a Coordenadoria de Intolerância Religiosa da Prefeitura do Município de Niterói/RJ.

Tudo demais cansa, e estamos chegando a um nível desgastante, precisamos da atuação mais firme dos órgãos públicos. Precisamos de respostas.