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Òrìsà Òluwére - Iroko – (Mas no Brasil é conhecido e falado erroneamente como Iroko).


 Òrìsà Òluwére

Para o povo iorubá, Iroko é uma de suas quatro árvores sagradas normalmente cultuadas em todas as regiões que ainda praticam a religião dos Òrìsà.
No entanto, originalmente, Iroko não é considerado um Òrìsà que possa ser feito na cabeça de ninguém.
Para os iorubas, a árvore Iroko é a morada de espíritos infantis conhecidos ritualmente como Abiku e tais espíritos são liderados por Òluwére.
Quando as crianças se veem perseguidas por sonhos ou qualquer tipo de assombração, é normal que se façam oferendas a Òluwére aos pés de Iroko, para afastar o perigo de que os espíritos Abiku levem embora as crianças da aldeia.
Durante sete dias e sete noites, o ritual é repetido, até que o perigo de mortes infantis seja afastado.
O culto a Òluwére ou Iroko aqui no Brasil é um dos mais populares na terra iorubá e as relações com esta divindade quase sempre se baseiam na troca: um pedido feito, quando atendido, sempre deve ser pago, pois não se deve correr o risco de desagradar Iroko, pois ele costuma perseguir aqueles que lhe devem.
Òluwére / Iroko está ligado à longevidade, à durabilidade das coisas e ao passar do tempo, pois é árvore que pode viver por mais de 200 anos.
Os yorubás cultuam algumas árvores e em especial a árvore (Òpé), que o cristão considera errado, mas os Yorubás não estão cultuando árvores em si, mas os Irunmolés que vivem dentro daquela árvore.
Uma das árvores que os Yorubás consideram ter um irunmolé vivendo dentro deles é a árvore do Iroko.
No meio dos Irunmolés importantes Òluwére é considerado um deles, ele é o chefe das Irunmolés que são chamados os membros/parceiros de Orun.
O chefe chama-se Akéwejé o nome de Òluwére antes de vir do orun para o aiye e os Yorubás creem que ele mora dentro desta árvore.
Um dos motivos para a pessoa procurar saber aonde mora este Irunmolé é a infertilidade, isso pode acontecer quando uma mulher está sofrendo com Abíkús ou quando ela não consegue ter filhos.
Caso um destes ocorra com uma mulher, esta mulher procura um Bàbáláwo para consultar o oráculo e o Odú que costuma ser revelado é que Òluwére está junto dela.
E se ela não procurar onde ele mora e cultuá-lo, seu problema não irá melhorar caso isso aconteça ela deve procurar uma árvore de Iroko.

Òjùbò Òluwére – Assentamento

Escolher uma árvore de Iroko. - Os yorubás acreditam que não somente os chefes que vivem dentro de árvores, existem também outros espíritos que convivem junto a ele, alguns creem que estes espíritos que vivem dentro das árvores, atormentam as mulheres quando estão indo para o rio pegar água, outros atormentam os caçadores de bichos à noite no mato, é esse tipo de espírito que pode destruir uma cidade.

Obs 1.:- Os YORÚBÀ NÃO A TEM NA CIDADE OU CASA POIS É MUITO PERIGOSO, ELE A TEM NA MATA.

Qualquer árvore que tenha esse tipo de espírito é considerada Iroko através do oráculo de Ifá que o Bàbàláwo descobre este tipo de árvore, onde este chefe está morando, quando Ifá mostra essa árvore estas são as coisas que são levadas até ela:

1. Os Bàbàláwo tiram todos os matos em volta deste Iroko;
2. Plantam bananas
3. Colocam um pote/quartinha de água no tronco dessa árvore e colocam água nessa quartinha todos os dias, quando trocam essa água, é a que se dá aos Abikús e a mesma que se dá para mulheres que não estão conseguindo engravidar tomarem banho
4. Colocam pequeno pote branco debaixo dessa árvore e ali todos os dias será servida comida para Òluwére
5. Desde aquele dia que ele começa a fazer as quatro coisas acima, não pode mais chamar essa árvore de Iroko a não ser de Òluwére.
6. É obrigatório para qualquer pessoa que peça algo a este Irunmolé, cultuá-lo semanalmente, que de forma geral será no dia de culto a Ifá.
Após essa árvore já ter se tornado Òrìsà as mulheres devem entoar a seguinte cantiga, e devem sempre colocar um tecido branco em volta desta:

2. Òjùbò Òluwére
É a árvore de Iroko onde habita Òluwére, que é considerado seu assentamento, é neste lugar que as pessoas que estão querendo algo dele, devem cultuá-lo, essas são as coisas que deem constar em seu assentamento:

2.1 Quartinha de água, que deve ser trocada periodicamente e também a água de dentro deve ser trocada, sem esquecer que a água trocada pode ser usada para cura
2.2 No vaso, vasilha separado é que deve ser colocada comida
2.3 Aso àlà – colocar pano branco em volta da árvore

Os cultuadores de Òluwére são as crianças e os mais velhos Bàbàláwos são os chefes do culto, não podem fumar próximo a esta árvore.
Somente os Bàbàláwo mais antigos que podem liderar o culto, não tem dia específico, porém pode ser cultuado no dia em que se faz o Culto a Orunmilá.

Pode ser de 2 formas:

1 Por consulta ao oráculo, sugestão ou sonho: Ele quem diz o que usar e onde deve ser cultuado
2 Festa anual: São os Bàbàláwo que escolhem o dia, e as mulheres que através dele tiveram filhos que vão juntar-se para providenciar essa festa.

Ao amanhecer no dia da festa, as mulheres começam a cozinhar e ao nascer do sol se juntam e vão até a árvore, ao chegar santificam o chão e um dos mais velhos Bàbàláwo rezam, santificam o chão com o alimento (inhame), sopa de Osiki, um galo que já deve estar preparado e depois disso ele joga Obi e caso positivo começa a festa pois Òluwére aceitou tudo, todas as mulheres começam a festa, assim como as crianças começam a dançar e cantar.

Obs 2.:- ESTE ÒRÌSÀ NÃO PEGA CABEÇA (ENCORPORA) DE HOMEM E O ODU QUE O REVELA É OWANRIN ONIGBO

By Paulo de Efon Mauad

OBS:- 01 Um particular meu ( Valmir ti Aganjú) – Quero parabenizar o Senhor Bábà e Irmão Paulo de Efon quando fala de que não se --- (F U M A) --- perto do Òrìsà Òluwére que vive dentro da arvore chamada de Iroko mais uma vez (Parabéns).

OBS:- 02 Eu Valmir ti Aganjú eu entendo que também não se deve (F U M A R) perto de nenhum Òrìsà ou melhor dentro de um (( Ile Àse )), pois quando uma pessoa fuma dentro ou perto de uma Ajubó de uma Òrìsà é uns dos maiores Ewo – ou Quizila como é dito erroneamente na maioria dos Iles – isto é só traz atraso e a Divindade não fica perto!!

Valmir Ti Aganjú

Uma explicação sobre IROKO

Todas as pessoas que gostam de estudar sobre Òrìsà ja podem afirmar com categoria que é muito confuso e muito complicado.

Muito Complicado - Então Tenham Atenção.

Hoje me fizeram a pergunta se Iroko é um Òrìsà, porque corre a informação de que não é.
Pois bem a resposta é:
Sim. Não. Mais ou menos. Depende.
Eu não disse que era complicado?
Iroko é uma árvore sagrada, tem participação no culto de muitos Òrìsà e de sociedades de culto a ancestrais, e nisso alguns creem que ele é uma árvore muito poderosa, mas que não é um Òrìsà.
Isso está correto?
Sim, dentro deste ponto de vista sim.
Ha quem creia também que Òrìsà Òluwére é o Òrìsà que habita em Iroko, e ele sim é Òrìsà que recebe culto na árvore, mas que ele mesmo estando na árvore não é ela.
Isso está correto?
Sim, dentro deste ponto de vista sim.
Há quem diga que Òluwére e Iroko são as mesmas pessoas, e que Òluwére é Òrìsà, mas que também é a árvore Iroko e que esta nas duas categorias livremente.
Isso está correto?
Sim, dentro deste ponto de vista sim.
Com isso eu quero deixar claro:
Tradições diferentes existem, e não tem problema acontecerem de modos diferentes.
Então Iroko é muita coisa.
Em Iroko se cultua Òrìsà?
Sim.
Em Iroko se cultua Abiku e Egbe?
Sim.
Em Iroko se cultua Iyami?
Sim.
Em Iroko se cultua Egungun?
Sim.
É necessário um sacerdote cultuar isso tudo em Iroko?
Não.
O sacerdote deve pegar o lado que ele crê ser o certo e cultuar livremente.
Os filhos de Iroko precisam estar dentro dessas várias tradições?
Não.
Os filhos de Iroko podem cultuar ele em um dos muitos modos.
O necessário é que os filhos de Iroko escolham um culto que se sintam bem.
Entendido?

IRÔKO

Iroko, Iroko ou Roko, do iorubá Íròkò é um Òrìsà cultuado no candomblé do Brasil pela nação Ketu e, como Loko, pela nação Jeje.
Corresponde ao inquice Ktembu na nação Angola ou Congo.
É uma Divindade Djeje, que após a dominação dos Iorubanos foi assimilado pelas outras nações.
Íròkò está ligado a Árvore da Criação.
Íròkò (Òluwére) é um Òrìsà muito antigo.
Iroko foi à primeira árvore plantada e pela qual todos os restantes Òrìsà desceram a Terra.
Íròkò é a própria representação da dimensão Tempo.
Íròkò é o comandante de todas as árvores sagradas, o vanguardeiro, os demais Osa Iggi devem-lhe obediência porque só ele é Iggi Olórun, a árvore do Senhor do Céu.
De impulsos tempestuosos, apesar de suas Cantigas (Orin) serem alegres.
Todos os Òrìsà são Tempo e o Tempo está em todos os Òrìsà.
Não está ligado ao dendezeiro e sim à gameleira.
Íròkò Òluwére Òrìsà não tem morada, mora no tempo.
É um Òrìsà que pertence aos elementos terra, fogo e ar, o que o torna bastante complexo, é responsável pela ligação e separação entre terra e céu.
É um Òrìsà ligado à cura da mesma forma que Obàlúàiyé.
Mas tanto cura como cria doenças como a leucemia e hemofilia.
Ajuda as mulheres a engravidar, mas também faz a menstruação aparecer fora de época.
Toda a criação está nos seus desígnios.
É o Òrìsà Òluwére, implacável e inexorável, que governa o tempo e o espaço, que acompanha, e cobra, o cumprimento do Karma de cada um de nós, determinando o início e o fim de tudo.
Òluwére é o representante supremo do culto dos Iguis, o culto aos espíritos das árvores que se assimila ao de Egungun.
No Brasil é considerado o protetor de todas as árvores, sendo associado particularmente à gameleira branca.
Seu culto está intimamente associado ao de Ossoin, à divindade das folhas litúrgicas e medicinais.
É o Òrìsà da floresta, das árvores, do espaço aberto governa o tempo em seus múltiplos aspectos.
O culto a Íròkò (Òluwére) é cercado de cuidados, mistérios e muitas histórias, a árvore simboliza o tronco ereto e viril, membro fecundante da terra e do céu, elo, cordão umbilical entre o Orun e o Aiyê.
Na mais velha das árvores de Iroko, morava seu espírito e o espírito de Íròkò era capaz de muitas mágicas e magias.
Íròkò assombrava todo mundo, assim se divertia quando não tinha o que fazer, brincava com as pedras que guardava nos ocos de seu tronco.
Todos temiam Òluwére e seus poderes, quem o olhasse de frente enlouquecia até a morte.
No Brasil é conhecido erroneamente como Íròkò habita principalmente a gameleira branca, cujo nome científico é ficus religiosa.
No entanto, para muitas casas Íròkò não é considerado um Òrìsà que possa ser "feito" na cabeça de um filho.

DANÇA DA AVANIA

Relata a trajetória de Òluwére pelo Aiyê, o que viu o que ouviu seus amores, as guerras de que participou e seu retorno em triunfo vitorioso para ficar em seu posto de honra, a árvore sagrada.
Avania também conhecida por arramunha, arraia pertence a Íròkò, mas é dançada também, pela família de Nanã, Omulu um dos nomes de Nana, Obàlúàiyé, Ewá, Osumaré.
Conta à tradição que Íròkò dançou o mencionado toque quando voltava da guerra, passando definitivamente para o lado dos Òrìsà.
Antes ele era arruaceiro, metido com tudo quanto é tipo de gente ruim, e para marcar esta data Íròkò dança com uma coreografia de aproximadamente 17 passos diferentes.

MITOLOGIA

Desrespeitar Íròkò a grande e suntuosa árvore é o mesmo que desrespeitar os antepassados, o seu sangue, sua origem.



Conhecido e respeitado na Mesopotâmia e Babilônia como Enki, o Leão Alado, que acompanha todos os seres do nascimento a eternidade.
Cultuado no Egito como Anúbis, o deus Chacal que determina a Caminhada infinita dos seres desde o nascimento até atravessar o Vale da Morte.
Também venerado como Teotihacan entre os Incas e Viracocha entre os Maias como o Senhor do Início e do Fim.
Entre os gregos e romanos, era conhecido e respeitado como Cronus, o Senhor do Tempo e do espaço, que abriga e conduz a ao caminho da Eternidade.
Guardião das florestas centenárias é o coletivo das árvores grandiosas, guardião da ancestralidade.
Diz-se que Íròkò habita a gameleira branca, Fícus gomelleira ou Fícus doliaria, também chamada figueira-branca, guapoí, ibapoí, figueira-brava e gameleira-branca-de-purga.
Íròkò na mitologia é considerado o responsável pela ligação entre céu e terra, em virtude de suas raízes.
É a árvore da eternidade, símbolo do próprio tempo.
As raízes de Íròkò são tão mágicas que procuram nova vida quando um velho Íròkò tomba, vai ao encontro de hospedeiros que propiciarão o nascimento de novos Iroko, daí a existência de mitos que dizem que as árvores caminham.
Òrìsà Òluwére não costuma baixar nas festas, é reverenciado por meio de oferendas à árvore que o representa – (Arvore Iroko).
Íròkò é um Òrìsà pouco cultuado tanto no Brasil como em Portugal, e os seus filhos também são muito raros e seus filhos, no entanto, são sempre muito protegidos pelo seu Òrìsà.

ARQUÉTIPO

Os filhos de (Òluwére) Íròkò são tidos como eloquentes, ciumentos, camaradas, inteligentes, competentes, teimosos, turrões e generosos.
Adoram comemorar seu aniversário, gostam de diversão, dançar e cozinhar, comer e beber bem.
Os filhos de (Òluwére) Íròkò são excelentes cozinheiros, gostam de inventar receitas.
Apaixonam-se com facilidade e gostam de liderar.
Dotados de senso de justiça, são amigos queridos, mas também podem ser inimigos terríveis, no entanto, reconciliam-se facilmente.
Sensual, se apaixonam com facilidade, adoram se comunicar, liderar e não se importam de pagar a conta quando tem dinheiro.
Tem inteligência aguda e o pioneirismo de OGUM, o charme e a transgressão de Òya, a eloquência de Sàngó, a teimosia de Osoguia, a persistência de ODÉ, a sabedoria de Osumare e a magia própria, seus filhos não costumam ser esbeltos, são fortes e atarracados.
Trabalhadores, quando envelhecem, tornam-se idosos joviais e divertidos.
Quem tiver segredos, pense duas vezes antes de confia-los a estes seres porque a língua lhe coça com frequência.
Um defeito grande, é o fato de não conseguirem guardar segredos.

Preferência deste Òrìsà

ANIMAIS > Tartaruga e o papagaio.
BEBE >Otin.
CARACTERÍSTICAS > Generosidade e responsabilidade.
COME > Bode, carneiro, galos, conquéns, pombos, farofa-de-dendê, milho branco. Ajabó: quiabo picado, batido com as mãos e temperado com azeite banha de ori e mel de abelha.
CORES > Branco, Verde (ou Cinza) castanho.
DIA DA SEMANA > Terça-feira.
DOENÇAS > Falência múltipla dos órgãos.
DOMÍNIOS > Ancestralidade.
NUMERO > 12 e 17.
FERRAMENTA > Usa o ókó e o ìko.
NÚMERO > 12 (odù Èjìlá Seborà).
RISCOS DE SAÚDE > Infecções sanguíneos problemas circulatórios, respiratórios, de olhos e de boca, dores musculares, intestino e perturbação mental.
SAUDAÇÃO > Iroko Issó! Eró! Iroko Kissilé.
SÍMBOLO: Tronco.

EWE FON
Vodun

Loco, Loko ou Atinmé-vodun ("o vodum dentro da árvore") é um vodum do Candomblé Djeje.
Representa o primeiro ser sagrado do mundo, por isso considerado o primogênito de Mawu e Lissá, muito embora Sakpatá seja, muitas vezes, reconhecido com esta atribuição.
Loko é cultuado em toda parte: tanto pode ser um Ji-vodun, como um Ayi-vodun, assim como também Tô-vodun e Henu-vodun.
Os vodunsis de Loko que são chamados de Lokosi, em muitos casos, têm os cabelos raspados apenas na metade esquerda do crânio.

BANTU

Quitembo ou Quitembu (em quicongo: Kitembu), também chamado erroneamente Tempo, Quitembe (Kintembe), Tempo-Diabanganga e Tempo-Quiamuílo, é o inquice do tempo cronológico e mítico, atmosfera, tempestade e vento, equivalente ao Òrìsà (Òluwére) mais conhecido como Iroko e associado erroneamente a São Lourenço da Igreja Católica.
Segundo os mitos, reside em árvore sagrada, que no Brasil corresponde às espécies gameleira-branca e samaúma.
A ele se associa a figura da grelha onde assa o galo que lhe é sacrificado e a bandeira branca, os seus iniciados, é dado os nomes de Quigongo, Dinzambe e Quitumbo.

CUBA

ÒRÌSÀ ELUWERE

A CEIBA sagrada, assim como a PALMA, é uma das árvores mais características da África trazidas à CUBA.
As CEIBAS são árvores sagradas por excelência, a CEIBA é a árvore onde habitam permanentemente todos os espíritos de nossos ancestrais, os Òrìsà africanos de todas as nações trazidos a CUBA mediante a escravidão a CEIBA sagrada é a árvore do mistério.
A CEIBA não se corta e não se queima, sem fazer oferendas e sacrifícios prévios, sem consultar com o ORUNMILÁ e com os Òrìsà e sem tomar precauções extraordinárias, nenhuma pessoa se atreverá a derrubar uma dessas imponentes árvores, que são adoradas por todos e que são centenárias em nossos campos.
Por tal motivo e respondendo a um instinto religioso milenar que no fundo é comum a todo gênero humano, uma árvore de tais proporções e de beleza tão solene e majestosa, aparece como a materialização de alguma poderosa divindade. Esta divindade da CEIBA, se impõe sensivelmente.
“A CEIBA é um Òrìsà: ELUWERE - IROKO”. É a PURÍSSIMA concepção. Nela está AREMU e YEMMU.
Para muitos OLORISÁ antigos, a CEIBA é o assentamento de IROKO, quem está ali presente e de puríssima concepção que vem à CEIBA e tem nesta sua morada.
Para outros, IROKO é a mesma CEIBA. A CEIBA é de OGUN e de ORISA OKO, de ÓBBA NANI e de XANGÔ, e do Òrìsà Aganjú.
A CEIBA se chamará IROKO quando esta estiver consagrada. Os negros de ascendência YORUBÁ chamam a CEIBA das seguintes formas:
ARAGBÁ, IROKO, ELUWERE, ASABÁ (IGI ARAGBÁ, IGI OLORUN – Árvore de DEUS).
Os negros de ascendência CONGA ou ANGOLA (BANTU) chamam a CEIBA de:
NICUNIA – CASA SAMBIÉ (Árvore de DEUS), NICUNIA LEMBAN, NICUNIA MABUNGU, ÑANGUE, GUNDU (MAMA FUMBE), NARIBE, SANDA, FIAMENFUMBA e FUMBE (espírito), MAMA FUMBE.
IROKO, que é uma espécie de CAOBÁ africana, árvore ao que alguns YORUBÁS chamavam ARAGBÁS e outros GOGO, é uma árvore imensa, muito venerada em toda COSTA da GUINEA na atual NIGÉRIA, ÁFRICA.
A CEIBA ou IROKO, é conhecida tanto por este nome, como pelo nome de ARAGBÁ.
Em CUBA a CEIBA é “OBABURO”, uma árvore da ÁFRICA, onde se realizam festas. IROKO é do ORIXÁ “ODUDUWÁ”, que vive acima, na copa da CEIBA. IROKO é o tronco de “OLÓFIN”, é a madeira mais sagrada e misteriosa.
Mas IROKO ou IROKE (LOKO se chama em DAHOMEY) é uma espécie de CAOBÁ africana a que os YORUBÁS puros de OYÓ adoravam.
É um ORISÁ o dono da CEIBA e a este se designa correntemente com o nome de “IROKO”, um ORISÁ que vive na CEIBA e uma irmã que se chama “ONDO”.
IROKO dança com um lindo bastão todo revestido de colares de contas adornadas com contas rosas e brancas. Este ORISÁ que se adora na CEIBA pertence a rama (família) de “NANÁ BURUKU” e de “AYANU” (AZOWANO – YORUBÁ e ARARÁ respectivamente).
Para outros a CEIBA pertence não a “ABANLÁ” (caminho de OBATALÁ) e sim a AGANJÚ (o braço forte), mas todos estão de acordo quanto a questão de todos os ORISÁ irem à CEIBA).
“AGANJÚ SOLA”, “SNGÔ”, “NANÁ”, todos são adorados na CEIBA e a “AWURU MAGALA” (HEVIOSO), considerado o “SANGÔ” dos ARARÁS (DAHOMEY).
Uma irmã de “OYÁ”, AYAÓ, muito delicada, que é representada por um receptáculo de barro com dois caracóis (búzios) adornados de nácar, vive ao pé de IROKO e se alimenta também das oferendas e sacrifícios que se oferece a ele.
A CEIBA, mãe de todas as “NGANGAS”, dá sombra a todo mundo, ampara a quem o implora.
Sem “SANDO-NARIBE” não há NGANGA. Além de todas essas energias que vão descansar em sua sombra, de todos os ORISÁ, NPUNGUS, INKISIS ou NICITAS e FUMBIS, há na CEIBA um VODUN poderoso chamado “BOKU” (Arará-Dahomey), a quem encontramos na PALMA REAL.
“IROKO”, “BOKU” e “LOKO”, são ORISÁ que radicam na CEIBA a sombra sagrada de IROKO não se cruza nem se pisa sem se escusar previamente e sem solicitar respeitosamente sua permissão, seu consentimento.
Quanto mais importante seja uma pessoa na Terra, quanto mais elevada seja sua hierarquia, ao desencarnar, irá seu espírito até a CEIBA.
Os espíritos mais ilustres, as maiores cabeças (MOANA-MUTAMBA), se abrigam nela e ainda mais, ancestrais da antiga GUINEA, os ancestrais dos avós desconhecidos que se abrigam em seus galhos vigorosos.
IROKO é o ponto de reunião das almas, todos os espíritos se encontram em IROKO antes de irem para ARA ONU (mundo dos espíritos).
É na CEIBA onde se faz promessas a “AGOME”, a “OYÁ” e “OBALUFON” (caminho de OBATALÁ).
Estas promessas que com verdadeira devoção cumprem os BABALAWÓS, verdadeiros intérpretes das divindades, podem aconselhar a outras pessoas que também os procuram.
Pode-se também fazer promessas e oferendas a YEMOJÁ, a OSUN e a OBATALÁ, cujas cores respectivas são o azul, amarelo e o branco.
Que a bênção dessa grande árvore alcance a todos!

MAFEREFUN ÒRÌSÀ ELUWERE IROKO!

Àse gbogbo!!

Copiado de 
Valmir Aganjú II
 

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