Entre os denunciados, está o traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como "Peixão". Ele tem nove mandados de prisão em aberto e lidera o grupo criminoso que, segundo o MPRJ, se autodenomina "Bandidos de Jesus".
A Justiça decretou a prisão preventiva de sete pessoas denunciadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) por ataques a templos religiosos de matriz africana em municípios da Baixada Fluminense.
A decisão é da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias e da 1ª Vara Criminal de Nova Iguaçu.
O traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como "Peixão", é um dos denunciados e está foragido. Ele já tem nove mandados de prisão em aberto e, segundo a denúncia, é o chefe do grupo criminoso que se autodenomina “Bandidos de Jesus”.
Ele também controla o tráfico no Parque Paulista, em Duque de Caxias, e em outras três favelas na Zona Norte do Rio.
Entre outros denunciados, estão Bruno da Conceição Guimarães, conhecido como Bigode, Jefferson Anísio da Silva, vulgo Jeffinho, e Marcos Antonio Leal dos Santos Junior - todos se encontram custodiados.
Assim como "Peixão", são considerados foragidos Wendel Rodrigues Oliveira, conhecido como Noventinha, Luan da Silva Soares, vulgo Negueba, e Luana Rosa de Araújo, vulgo Madrinha.
Ataques violentos
Em 2019, uma reportagem do G1 mostrou que a polícia já investigava a ação do grupo contra terreiros de candomblé no Rio de Janeiro. Na ocasião, a polícia informou que "Peixão" agia com extrema violência nos ataques. A investigação também apontava que ele seria pastor evangélico.
De acordo com a denúncia do MP, o bando constrangia e ameaçava com armas os frequentadores dos templos e proibia até que eles usassem roupas brancas. O grupo também ordenava o fechamento de templos.
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Segundo o MP, o traficante Peixão não admite que religiões de matriz africana sejam exercidas na área onde ele controla.
A denúncia foi feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e pela 1ª Promotoria de Investigação Penal dos Núcleos Duque de Caxias e Nova Iguaçu.
Sacerdotisa teve de destruir o próprio templo
Em um dos casos investigados, os traficantes armados invadiram um centro espírita no Parque Paulista e obrigaram a sacerdotisa responsável pelo espaço a destruir todos os símbolos que representavam os orixás.
Os agressores ainda ameaçaram voltar ao local para atear fogo no terreiro.
TRAFICANTE E INTOLERANTE PEIXÃO PROCURADO PELA POLICIA .
FONTE G1 23.02.21
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