Muito se luta, se fala, se posta em defender o respeito, o lugar, o direito da nossa fé e religiosidade, mas nos deparamos sempre com os nossos integrantes do candomblé com achismos sobre a crença, axé que segue, ou forma como conduz sua casa.
Sou muito taxativo neste quesito. Quem convive comigo sabe o quanto respeito as diferenças das casas e mesmo que me peçam opinião eu digo que só posso falar da minha casa, do meu ase, pois acredito que é muito relativo criticar a casa do outro pois eu conheço a minha história e não conheço a do outro para tecer opinião que pode ser errônea.
Por outro lado vejo filhos e sacerdotes cospindo opiniões maliciosas, marginais, preconceituosas e intolerantes da casa do outro como se a casa dessas pessoas fossem perfeitas, fossem constituídas pelos próprios Orixás que voltaram a ter vida e estão ali, perfeitos, para levar a casa.
Isso é feio, isso é leviano e isso só mostra o quão ignorantes são.
Tem muitas casas que eu adoraria conhecer, até pelo motivo de saber entrar e sair de qualquer lugar com muito respeito.
Mas tem muitos lugares que já fui que não faço questão de estar e casas que nunca fui e não pretendo ir.
A religião que escolhi e fui escolhido, a criação que tive de meus pais, o sacerdote que me tornei, com todos os erros e acertos me fazem não compactuar com atitudes baixas, marginais, preconceituosas e intolerantes.
Que possamos, todos nós, aproveitar esse momento para analisar o quão nocivos e quão benéficos podemos ser ou nos tornar para melhorar esse quadro deprimente que muitos dos nossos são ou se tornaram.
Babalorixa Sydney Santos
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