Diante disso, e diante do total desmonte das ações da sociedade civil em torno deste tema, propomos uma série de, ações que devem ser feitas de forma coletiva para agir de forma defensiva contra os ataques sistemáticos que as religiões de matrizes africanas vêm sofrendo.
Como ponta de lança estamos relançando, pelo jornal Questões Negras online, a campanha "Não Toquem em Nossos Terreiros", visando ser o elemento mobilizador e incentivador destas ações.
Apresentamos o conjunto de ações abaixo como forma de ação e articulação importante e fundamental para dar força a essas articulações.
Estamos começando pelo Rio de Janeiro, mas sugerimos que essas iniciativas sejam replicadas por todo o país.
1 Criação de uma rede de lideranças religiosas virtual para assumir a frente das ações de denúncia e enfrentamento da Intolerância Religiosa em nosso estado.
Para isso criamos o este grupo no WhatsApp aberto a todos que queiram participar >>>
2 Relançar a campanha Não Toquem em Nossos Terreiros, com o intuito de fortalecer a auto estima dos religiosos de matrizes africanas, gerar mobilização e atrair aliados para a nossa causa;
3 Envio maciço de notas à imprensa assinadas por essas lideranças religiosas da umbanda, candomblé, Ifá entre outras denunciando a ameaça real que este momento de aumento da Intolerância Religiosa representa à nossa existência física;
4 Cobrar do Secretário de Segurança, do Governador, do Ministério Público, ações concretas de repressão e prisão dos envolvidos uma vez que seus nomes e seus crimes são conhecidos publicamente;
5 Gerar uma grande mobilização junto ao setor artístico, influenciadores digitais entre outros para gerar apoio inclusive junto à população;
6 Abrir as casas religiosas para a realização de ações sociais voltadas para as comunidades no entorno como forma de angariar simpatia e fazer com que as pessoas mudem as imagens já construídas sobre essas casas.
Marcio Alexandre
Jornalista, Babalawo da Tradição Afro Cubana de Ifá, editor do jornal Questões Negras online
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