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IYAMIM OXORONGÁ


 Na liturgia tradicional Yoruba a que deu origem a Afro-brasileira, a Mãe Universal é denominada como a própria Terra-Negra, consequentemente possuindo vários nomes referentes a seus vários aspectos, não só dentro do âmbito natural como também dentro de vários âmbitos religiosos Yorubà. Um de seus títulos mais respeitado é ÌYÀMÌ-ÒSÒRÓNGÀ, ou Yamin Oxorongá como é pronunciado no Brasil nome que é cultuada na "Sociedade Òsòróngà".

Já na sociedade Òrìsà onde é cultuada primordialmente junto com ÒÒRÌSÀNLÀ-ÒBÁTÁLÀ (oxala), principalmente por ser o âmbito que ÌYÀMÌ-ÒSÒRÓNGÀ entra ritualmente no contexto feminino na interação com o oposto através de tudo que é Branco, se relacionando intimamente no culto da cabaça de Efun, atuando como um significante complemento na formação do Par universal e sobrenatural, ou seja, a união dos opostos refletida numa visão da união de ÒÒRÌSÀNLÀ (orinxala) como o esposo mítico da grande Mãe Òrìsà ÌYÀMÌ-NLÀ, renomeada necessariamente com o nome de ÌYÀMÌ-ÒSÒRÓNGÀ onde é primordialmente proprietária da cor vermelha, cor símbolo da vida, fonte de energia, poder sobrenatural, vivacidade, crescimento, dinamismo, movimento, possibilidade, sensibilidade, fertilidade.
Somente após a união ritual do branco com o vermelho, os quais unidos ritualmente são aspecto rituais capazes de dar existência à algo, tanto espiritual quanto físico, ou seja, a única forma de se fazer nascer ritualmente a força de um determinado Orixá no culto e principalmente numa cabeça de Yawo (recém iniciado), como também expressam a forma de união dos gêneros (macho e fêmea) presidindo o nascimento de seres físicos no planeta.
O que é preciso distinguir sobre o nome ÒSÒRÓNGÀ, que é nada mais nada menos, que uma Sociedade executora de rituais aos ancestrais, onde ÌYÀMÌ encabeça como a matriarca das IYÁ-MI (minhas mães), ou seja, tanto Orixás Obirin (fêmeas) quanto os espíritos das Mães remotas e recentemente desencarnadas (egungun feminino), cultuadas num complexo de ascensão a feminilidade, onde o homem principalmente tem seu precioso desempenho, administrando as foças femininas, num outro tipo de interação dos opostos, agora força sobrenatural feminina somada a força física masculina, ato precioso para ÌYÀMÌ-ÒSÒRÓNGÀ, que abençoa os homens com fecundidade através de Òòrìsà’nlà.
No culto chamado Awo-Funfun, ÌYÀMÌ-ÒSÒRÓNGÀ é conhecida como a Mãe vermelha, onde necessariamente é mantida com esse mesmo nome, estruturalmente cultuada como esposa mítica de ÒÒRÌSÀNLÀ-OBATALA, onde entre muitos títulos classificados funfun’s (primordiais) é também chamada de IYEMOWO (mãe que possibilita dinheiro à suas filhas), ou seja, os búzios, elemento este símbolo da riqueza e ancestralidade de todas as Iyagbas, pertencendo primordialmente a Obaluaye o Orixá que possibilita riquezas matérias.
Este fato é comprovado na iniciação de um Yawo seja à ÌYÀMÌ ou IYEMONJA, quando irrevogavelmente tanto em pequenos ou grandes rituais, seus Elegun’s (iniciados de santo) saem à público com suas roupas Vermelha ou Branca completamente cobertas de Aje ( Búzios), num pedido único de riqueza seguidamente expressando a antigüidade desse Supremo Òrìsà feminino, seja qual for seu aspecto.
Dizer que ÌYÀMÌ-ÒSÒRÓNGÀ não é um Orixá, ou dizer que Ela simplesmente não tem iniciação num culto próprio, é indiscutivelmente incorrer numa enorme falta de conhecimento referente a ÌYÀMÌ-ÒSÒRÓNGÀ.Iyami-Oxorongá

ZAP de Dothe Márcio D Odé.


Iyami-Ajé
Iyami-Ajé - (Iyá Mi Ajé = Minha Mãe Feiticeira) também conhecida por Iyami Oxorongá - é a sacralização da figura materna, por isso seu culto é envolvido por tantos tabus. Seu grande poder se deve ao fato de guardar o segredo da criação. Identificada no jogo do merindilogun pelo odu Ôxê.
Tudo que é redondo remete ao ventre e, por consequência, as Iyá Mi. O poder das grandes mães é expresso entre os orixás por Oyiá, Oxum, Iemanjá, Obá e Nanã Buruku, mas o poder de Iyá Mi é manifesto em toda mulher, que, não por acaso, em quase todas as culturas, é considerada tabu.
Iyami Ajé na forma de pássaro (Coruja Rasga-Mortalha1 ou coruja rasgadeira) pousa nas árvores favoritas durante a noite principalmente na jaqueira (Artocarpus heterophyllus). Contam os antigos africanos que quando a coruja rasgadeira sobrevoa fazendo seu ruído característico ou aproxima-se de uma casa é porque vai morrer alguém.
Iyami Agbá
"Os mortos do sexo feminino recebem o nome de Ìyámi Agbá (minha mãe anciã), mas não são cultuados individualmente. Sua energia como ancestral é aglutinada de forma coletiva e representada por Ìyámi Oxorongá chamada também de Ìyá NIa, a grande mãe. Esta imensa massa energética que representa o poder da ancestralidade coletiva feminina é cultuada pelas "Sociedades Gëlèdé", compostas exclusivamente por mulheres, e somente elas detêm e manipulam este perigoso poder. O medo da ira de Ìyámi nas comunidades é tão grande que, nos festivais anuais na Nigéria em louvor ao poder feminino ancestral, os homens se vestem de mulher e usam máscaras com características femininas, dançam para acalmar a ira e manter, entre outras coisas, a harmonia entre o poder masculino e o feminino."
o culto a Naê no Maranhão pode ser comparado ao das Iyamí Oxorongá da Nigéria, Benin e outras regiões da África - mães ancestrais respeitadas e temidas, que não incorporam e que têm o poder de se transformar em pássaro.
É um orixá apenas assentado para ser cultuado pela comunidade, não é um orixá de iniciação, por ser uma energia ancestral aglutinada de forma coletiva. Representa todas as mães mortas e ninguém pode incorporá-las ou manifestá-las.

Asé Omi Odo

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