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A SUSTENTAÇÃO DA QUARTINHA


 A quartinha sustenta

O baque da morte
O golpe de sorte
O desespero na escuridão
O amargor da traição.
Abraçam-se os igbás
Deitam oris nas enys
Gritam por dentro os ilás
Dos que verdadeiramente
Nunca nos abandonam
Dos que insistentemente
Vida nos proporcionam.
A quartinha sustenta
A falta de empatia
A dor de amor
O silêncio da cotovia
A falta de um avô.
Abraçam-se os igbás
Quando vão-se os pais
Vão-se os amigos
Vão-se os irmãos
Vão-se os cativos,
Mas Orisá permanece
Orisá não se esquece,
Orisá se mantém,
Os outros vão e vem.
Mas a quartinha,
Se não esquecida, preterida
Empoeirada, seca, ignorada
A quartinha sustenta.
Orisá se mantém,
Os outros vão e vem...
Por: Barravento

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