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É sobre INGRATIDÃO


 Já reparou que quando um filho de santo sai de sua casa ele nunca conta o que de bom viveu? Ele nunca conta o quão fizeram por ele em momentos que mais precisou? O quanto cuidaram em determinados momentos, se preocuparam; o quanto a mãe ou pai de santo se esforçou pra entender suas angústias e problemas? Ele nunca revela os seus defeitos para com a casa, mas somente os seus acertos. Eu acredito no direito de ir e vir de todos. Não acho que uma pessoa deva ser obrigada a ficar na mesma casa de santo a vida inteira por medo ou por imposição. Acredito que deva haver uma reciprocidade do filho para com a casa e vice versa. Entretanto, quando alguém resolve ir embora, esse alguém só conta o pedaço que lhe incomodou, só conta o que não lhe agradou e o que não fizeram por ele. Isso se chama INGRATIDÃO. Não bato palmas pra textos ingratos, nem para textos de demonstração de um grande amor repentino por conta de um deslumbramento momentâneo; sabe por quê? Porque no início tudo são flores, enquanto você serve, enquanto tudo vai bem, sua casa é boa, você é a melhor ou o melhor zelador do mundo e "eu te amo tanto" é uma frase repetida incontáveis vezes. Mas repare: se um dia algo começa a dar errado, se por um período as coisas não fluem como eles gostariam que fluísse, se perdem um emprego ou acontece uma separação matrimonial; aí tudo que fora dito antes cai no esquecimento e você deixa de servir . Lembre-se: nada é eterno. Ninguém em lugar nenhum vive uma vida inteira perfeita. Desafio aqui algum Sacerdote que nunca passou por isso a se apresentar e por favor, se isso nunca lhe aconteceu deixe aqui sua receita pra que todos os outros possam seguir.

E não estou falando só de mim ou de minha casa, refiro-me a legião de amigos Sacerdotes que reclamam da mesma coisa : INGRATIDÃO. Seria tudo tão menos dolorido, tão menos cruel se simplesmente cada um seguisse seu caminho sem espalhar farpas, se fosse ser feliz em outro lugar sem machucar quem um dia lhe serviu, sem denegrir ou expor publicamente a imagem do outro pra chegar bem no próximo porto se fazendo de vítima. Bato palmas pros bem resolvidos que não precisam disso, de denegrir sua antiga casa pra se fazerem perceber como boa gente em qualquer lugar que seja. Bato palmas pra quem sabe entrar e sair, afinal é um direito de todos. Aos que somente conversam e expõem os reais motivos da saída de sua casa ao Zelador. Esses sim, são religiosos de fato e possuem acima de tudo princípios; a outra classe não, certamente depois de algum tempo, quem sabe alguns anos, quando já não for mais do jeito que querem; vão fazer a mesma coisa no lugar aonde estiverem; porque mais que qualquer outra coisa; é uma questão de caráter e não somente de religiosidade. Pensem nisso!
Não é um desabafo, mas sim uma reflexão que sei ser coletiva.
Flavia de Osun

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