Foi de Ekiti-Efon, que veio para o Brasil na condição de escravo por volta de 1850, o fundador da nação no país, um Tio Africano chamado José Firmino dos Santos (Oxum Tade), mais conhecido como Tio Firmo. Com ele, veio uma princesa de nome Maria da Paixão (Adebolu), mais conhecida como Maria Violão (imagem em anexo). Trouxe como Orixá particular, Rei da Nação, Olorokê (aquele que é cultuado no alto
06.10.11
Efón (Efã) é uma nação oriunda das terras de Ekití – África, e significa Oxum, a grande Rainha do Axé junto com Obá Oloroke. Logum- Edé é seu herdeiro. Trata-se de uma nação grande e com grandes Orixás. Na África ela ainda existe, e lá ainda se cultua Orixás que se perderam no caminho para o Brasil. Devido à influência Keto, a Nação Efón, perdeu um pouco de sua raiz
Por volta de 1860, Tio Firmo fundou o Axé Oloroke no Engenho Velho de Brotas (Salvador – BA), onde se encontra plantado até hoje, o Axé de Oxum e com isto além de fundar uma casa, fundou também a Nação Efón no Brasil. A árvore do Iroko, lá presente, foi plantada após a libertação dos escravos, no final do século XIX. A muda veio da Casa de Oxumarê, também em Salvador. Foi debaixo de seus galhos, que a finada Mãe Runhó da Nação Jêje, deu a luz a Nicinha Lokosi.
Foi nesse Axé que o famoso Babalorixá Waldemiro de Xangô (Obálokitiassi), foi feito por Cristóvão Lopes dos Anjos (Ogun Anauegi), e tomou seus 7 anos com Mãe Matilde (Baba Oluwa), uma das últimas herdeiras do Axé.
A GRANDE RAINHA DE EFON
Em uma das últimas levas legalizadas de escravos africanos ao Brasil, antes da aprovação da lei Eusébio de Queirós, vieram aqueles trazidos do reino de Ekiti Efon (na Nigéria). Entre eles a jovem princesa Adebolu e o babalawò conhecido como Babá Erufá Ti Osún Tadè.
Já em terras brasileiras, foram vendidos no mercado de Salvador, Bahia de Todos os Santo, adquirindo os nomes de Maria Bernarda da Paixão (Maria Violão) e José Firmino dos Santos (Tio Firmo).
Muito articulado e sacerdote de Ifá iniciado na África, Tio Firmo se fez conhecer por toda cidade de Salvador entre irmandades de negros e grupos abolicionistas. Após aproximadamente dez anos de cativeiro conseguiu sua alforria e de sua protegida, a princesa de Ekiti.
Uma vez libertos começaram a frequentar o Ilè Asé Opò Afonjá (Nação Ketu), mas a princesa havia sido feita na África para o orisá Oloroke e surgiu a necessidade de iniciar uma nova nação para que ela pudesse cumprir seus preceitos na tradição do distante reino. Sendo assim, por volta de 1860 é fundada a primeira casa de Nação Efon na atual Rua Antonio Costa (antiga travessa de Oloke) nº 12, no Engenho Velho de Brotas, Salvador, Bahia.
Após a “passagem” de Tio Firmo em 1905, a princesa e matriarca assume seu lugar como yalorisá da última nação de candomblé à ser criada no Brasil (Efon). E essa verdadeira rainha ocupa a cadeira da Casa de Oloroke até sua “passagem” em 1936.
. Mas existe o Asé Pantanal, fundado por Cristovão Lopes dos Anjos (asogun da princesa em Salvador), em Duque de Caxias (RJ) que mantém a tradição da Nação Efon, assim como tantos outros Ilè Asés que surgiram para honrar a história desse Candomblé.
Assim vi e ouvi. Assim aprendi com meus mais velhos.
Awurè à todos!!!!!!!!!!
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