Existe uma ferramenta de Òrìs̩à Ogìyán, denominada por muitos pelo nome de polvarim. Suas características constituem em um cilindro, fixado a um arco tipo uma alça, e preso a uma corrente de metal. Em algumas ferramentas podemos observar que o arco, foi substituído por um arco e flecha. Seja qual for o modelo" todos são confeccionados em metal branco.
Pois bem... Antes de continuar com o texto, considero de suma importância mencionar que “polvarim” trata-se de um objeto afunilado usado para armazenar pólvora, feito de chifre de animais, de marfim entre outros materiais, do quais tem a finalidade de carregar as armas com pólvora. O formato de funil facilita que a pólvora seja introduzida no cano da arma para que esta dispare o projétil.
Entretanto, qual a finalidade de carregar tal objeto, se Òrìs̩à Ogìyán não está portando nenhuma arma de fogo?
Existe um Pataki (mito afro-cubano) do qual relata que Ajagúnà trouxe a pólvora para o nosso mundo, mas revelou e entregou o segredo dessa mistura explosiva de substâncias para o Povo da China.
Será que realmente essa ferramenta é a prova de que Òrìs̩à Ogìyán/Ajagúnà é o Dono da Pólvora?
Ainda existem aqueles que a denominam pelo nome de PÒVARÍ do qual se dá a impressão de querer transformar um vocábulo português em “iorubanês”. Obviamente que no idioma iorubá não existe a letra “V”; ademais, a palavra yoruba para polvarim é “kerekere ẹ̀tù”.
Na foto abaixo, a iconografia do Òs̩ogìyán de Maximiana Maria da Conceição mais conhecida como Tia Massi – Iwin Funkẹ, a quinta Ìyálòrìs̩à do Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho em Salvador, Bahia; onde podemos observar claramente a ferramenta em questão.
Bàbá Guido Olo Ajagúnà
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