O padre tira seu sustento da Religião;
O pastor tira seu sustento da Religião;
O Rabino tira seu sustento da Religião...
Mas quando o sacerdote afro religioso, decide disponibilizar 24h do seu dia em prol de auxiliar pessoas, ele é visto como "enganador", " charlatão"...
Se ele não tiver emprego formal, é mal visto.
O preconceito em achar que o sacerdote não pode tirar seu sustento da religião, é o não reconhecimento do Candomblé (ou outras vertentes da religião de Matriz-Africana) como religião de fato. Custa muito caro entrar no candomblé e fazer todas as obrigações (feitura, obrigação de 1 ano, 3 anos, 7 anos)a ponto de poder consultar os Búzios (tornar-se sacerdote), do que uma faculdade que tenha valor de mensalidades "populares".
O investimento de tempo, dinheiro e dedicação no aperfeiçoamento, é algo muito maior do que os gastos numa faculdade. O tempo pra se formar também é superior. Daí as pessoas querem achar que você precisa jogar de graça.
Ninguém nasce jogando búzios, Deus não dá esse dom. Esse conhecimento é algo que precisa ser estudado e praticado duramente e aperfeiçoado ao longo dos anos.
Consultar o oráculo em busca de meios para desfazer as cagadas que você fez ao longo da sua vida, não é caridade. O padre não faz caridade, a Diocese paga um bom salário. O Pastor não faz caridade, o dízimo sustenta sua vida luxuosa. Mas o Babalorixá não pode cobrar por seus préstimos, senão é golpe.
Jogar um búzios é prestação de serviço. Passe espiritual é caridade, ebó leva material caro, é prestação de serviço.
Pensa diferente? Comente.
Há tempos eu penso nisso.
Não é fácil conduzir as atribulações do dia-a-dia. Só eu e orixá sabemos o que eu rebolo pra dae conta de vida profissional e relogiosa. E no "frigir dos ovos" a gente faz pelo santo, mas infelizmente existe o falho material humano nisso. Aí quem hoje come do teu pirão, amanhã pode sair *"por aí"* cuspindo no seu abã e desonrando suas horas mal dormidas. Pelo Santo sempre valerá a pena! Mas se déssemos um bori na cabeça de cera, talvez o risco seria menor.
Enfim... enquanto Orixá quiser, vamos em frente! Mas observemos com mais atenção sobre o tema. O mercadão de madureira não faz caridade a ninguém. A pemba custa, o charuto também... e por aí vai!
Crédito BABÁ ZARUMJI
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