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A ESCRAVIDÃO estava mesclada com a essência do Brasil.

Os escravos não estavam ao lado, isolados, vivendo em um mundo separado, sem contato com a sociedade, ao contrário, a escravidão era vista em todos os locais.

No cotidiano das grandes cidades do Império, os indivíduos poderiam ver e travar relações sociais (e comerciais) com escravos que estavam nas ruas a trabalhar e a comercializar produtos, por exemplo. Ao caminhar pelas ruas das cidades, ou pelas propriedades rurais, seria possível ver os cativos nas suas labutas, nas suas atividades ou nos seus lazeres.

E na vida social nas cidades, os escravos também participavam de festas populares, as cívicas, as religiosas e, também, do CARNAVAL, no qual havia algumas formas de celebrações toleradas pelas autoridades municipais...

Por sua vez, a folia denominada de "Entrudo", por afrontar a ordem pública e os bons costumes, já era mal visto pelas autoridades, pois envolvia um imenso “mela-mela” que tomava conta das ruas das cidades.

Os divertimentos carnavalescos populares, durante os dias de folia (bem retratados por Debret), com "batalhas" de arremessos de limões de cheiro nas pessoas e nas casas, contavam com escravos e populares pintados nas ruas; tudo isso contrastava com os bailes que também ocorriam nesta sociedade brasileira altamente hierarquizada.

Havia também os “batuques”, celebrações de eventos importantes, que eram tolerados (com restrições) pelas autoridades municipais, desde que se realizassem em lugares restritos, com a devida ordem, com participação limitada de escravos, de acordo com as posturas municipais.

O Manual Jurídico da Escravidão busca retratar como a escravidão se interligava nas relações sociais, pois ela era a base, o fundamento, de todo o sistema produtivo brasileiro.

Uma publicação da 

Paco Editorial

 
 

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