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TERREIRO DA CASA BRANCA REALIZA AXEXÊ DE UM ANO DA FINADA YALORISÁ TATÁ D. ÒSÚN , E DIVULGA NO PROXIMO DIA 07 DE DEZEMBRO A NOVA HERDEIRA DO ÀSÉ


 O Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho (em língua yoruba, Ilê Axé Iyá Nassô Oká), mantido pela Sociedade São Jorge do Engenho Velho, é um templo de candomblé localizado no município de Salvador, no estado brasileiro da Bahia

Fundado na década de 1830, é o terreiro de culto afro-brasileiro mais antigo do qual se tem registros na capital baiana, e possivelmente o mais antigo em funcionamento no Brasil. Constituído de uma área aproximada de 6.800 m², com as edificações, e áreas verdes, é o primeiro monumento da cultura negra considerada Patrimônio Histórico do Brasil, tombado pelo IPHAN em 1986.
O Terreiro é de Oxossi e o Templo principal é de Xangô. O Barracão que tem o nome de Casa Branca é uma edificação alongada com várias divisões internas que encerram residências das principais pessoas do Terreiro, como também espaços reservados aos quartos de Orixás, quarto de Axé, Salão onde se realizam as festas públicas, bem como a cozinha onde se preparam as comidas sagradas. Uma bandeira branca hasteada no Terreiro indica o caráter sagrado deste espaço. No telhado do Barracão, símbolos de Xangô identificam o Patrono do Templo.
O terreno fica situado numa encosta , no lado direito da atual Avenida Vasco da Gama, no sentido de progressão para o Rio Vermelho, entre as Ladeiras Manoel do Bonfim e do Bogun . Ocupa uma área de 6.000 m². Em redor do Barracão existem várias casas de Orixás.
No período da escravidão no Brasil,os negros formavam suas comunidades nos engenhos de cana. Na Bahia, princesas, na condição de escravas, vindas de Oyo e Ketu, fundaram um centro num engenho de cana. Depois se agruparam num local denominado Barroquinha, onde fundaram uma comunidade de Nagô Ilè Asé Airá Intilè também conhecida como Candomblé da Barroquinha, que segundo historiadores, remonta mais ou menos 300 anos de existência, dentro do perímetro urbano de Salvador.
Sabe-se que esta comunidade fora fundada por três negras africanas cujos nomes são: Iyá Detá, Iyá Kalá, Iyá Nassô e os babalawos Assiká Bangboshê Obitikô. Não se tem certeza de quem plantou o Axé, porém o Engenho Velho se chama Ilé Iya Nassô Oká. Os africanos que se encontravam ali, lugar deserto naquela época, porém próximo ao Palácio de sua Real Majestade, tiveram receio da intervenção das autoridades no seu Culto, daí, Iyá Nassô resolveu arrendar terras do Engenho Velho do Rio Vermelho de Baixo, no trecho chamado Joaquim dos Couros, lugar onde se encontra até hoje, estabelecendo aí o primeiro Terreiro de Culto Africano na Bahia.
A Iyá Marcelina da Silva, sucedeu Iyá Nassô. Após a morte desta, duas das suas filhas, Maria Júlia da Conceição e Maria Júlia Figueiredo, disputaram a chefia do candomblé, cabendo à Maria Júlia Figueiredo que era a substituta legal (Iya Kekeré) tomar a posse de Mãe do Terreiro. Maria Júlia da Conceição afastou-se com as demais discidentes e fundaram outra Ilé Axé, o (Terreiro do Gantois).
Substituiu Maria Júlia Figueiredo na direção do Engenho Velho, a Mãe Sussu (Ursulina de Figueiredo). Com a sua morte nova divergência foi criada entre suas filhas, Sinhá Antonia, substituta legal de Sussu, por motivos superiores não podia tomar a chefia do Candomblé, em consequência o lugar de Mãe foi ocupado por Tia Massi (Maximiana Maria da Conceição).
Vencendo o partido da Ordem, dissidentes inconformados fundaram então uma outra Ilé Axé, o (Ilê Axé Opô Afonjá), casa onde foi confirmado como Ojúbonã de Sangò, o Babalawó Pierre Fatumbi Verger. Sendo assim a primeira casa no Brasil a dispor de ligação direta com a cultura yorubá, renascendo outro Fatumbi no Aye ao nascer um no Orun, no mesmo dia e mês, promessa de Olorum.
Maximiana Maria da Conceição, Tia Massi foi sucedida por Maria Deolinda, Mãe Oké. A direção sacerdotal do Engenho Velho foi posteriormente confiada à Marieta Vitória Cardoso, Oxum Niké, recentemente desaparecida.
Atualmente, assumiu a chefia da Casa, a Iyalorixá Altamira Cecília dos Santos, filha legítima de Maria Deolinda dos Santos, carinhosamente chamada de "Papai Oké".
Situação atual
No início, as atividades do Ilé Axé sofreram perseguições da Sociedade e por parte da Polícia. Já no período da República, o candomblé fora proibido de exercer as suas atividades e os Terreiros ficaram subjugados à Delegacia de Jogos, Entorpecentes e Lenocínio.
Hoje porém a situação é diferente.
Em 14 de junho de 1986, o Ministério da Cultura, a Prefeitura Municipal de Salvador e o Ministério da Relações Exteriores, em conjunto lançaram oito postais sobre a Ilé Axé Iya Nassô Oká e a revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional publicou - A Coroa de Xangô no Terreiro da Casa Branca. Chegou então a hora da proteção a todos os Terreiros de Candomblé do Estado. Língua yorubá nos Currículos de 1º e 2º graus.
Diante da solicitação da Socidade Beneficente São Jorge do Engenho Velho, conforme fundamentação e comprovação firmada pelo presidente, Sr. Antonio Agnelo Pereira,escultor de etnografia afro e diplomado em Língua Yorubá pelo Centro de Estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia, o Conselho Estadual de Educação aprovou introdução da Língua yorubá nos Currículos de 1º e 2º Graus nos Colégios de Rede de Ensino do Estado.
O Ilé Axé Iya Nassô é o 1º Templo de Culto Religioso Negro no Brasil - Casa Branca do Engenho Velho.
É o primeiro Monumento Negro considerado Patrimônio Histórico do Brasil desde o dia 31 de maio de 1984 (Tombamento do Terreiro do Engenho Velho):
· O Tombamento Terreiro Casa Branca, foi realizado em 14 de Agosto de 1986 pelo IPHAN
Antes disso, em 1982, o Terreiro já havia sido tombado como Patrimônio da Cidade do Salvador 1ª Capital do Brasil.
Em 1985 o Terreiro do Engenho Velho foi considerado Axé Especial de preservação Cultural do Município de Salvador.
A Sociedade São Jorge do Engenho Velho, representante legal da Comunidade do Ilé Axé Iya Nassô Oká foi considerada de utilidade pública Municipal e Estadual. É Membro do Conselho Geral do Memorial Zumbi dos Palmares.
Atualmente está feito o Plano de preservação do Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho e prepara-se o Projeto de Recuperação da área em convênio com o Ministério da Cultura e a Prefeitura Municipal do Salvador.
O Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, mais antigo do Brasil, tinha como Iyalorixá a Venerável Altamira Cecília dos Santos, secundada pelas veneráveis Iya Kekeré Juliana da Silva Baraúna e Otun Iya Kekeré Areonite da Conceição Chagas.( in memoriam ).
Possui um vasto Colégio Sacerdotal composto pelas Iya bomin, Ogans e Olossés, além de muitas Iyaôs e Abians. Deu origem a inúmeros Templos afro-brasileiros, e possui ligação e respeito a cultura Yorubá, representada na Bahia por Fatumbi e na África pelos Babalawós .
AS GERAÇÕES DE SUAS SACERDOTISAS
· Iyá Nassô Akala Magbo Olodumare Sangò
· Marcelina da Silva - Oba Tosi -
· Maria Julia Figueiredo de Oxum - Omó Niké
· Ursulina de Figueiredo - Mãe Sussu -
· Maximiana Maria da Conceição - Tia Massi - (Iwin Funké) cujas grandes auxilares foram Luzia de Oxum (Oxum Muiuá), Eugênia de Oxóssi e Teté de Iansã (Oya Tumkecy, a Iyá kekeré, falecida em 2006)
· Maria Deolinda dos Santos - Papai Oké - Iwindejá
· Marieta Vitória Cardoso - Oxum Niké -
· Juliana da Silva Baraúna - Oya Tunkesi - Filha de santo de Maximiana Maria da Conceição-Iyakekere osi da Casa Branca- Oju Iyagba do Terreiro.
· Altamira Cecília dos Santos - Mãe Tatá- Oxum Tomiwá (filha consanguinia de "Papai" Oké) e Areonite da Conceição Chagas - Mãe Nitinha de Oxum - Oloxundê -, Iyá kekeré, Iyá Tebexê e Oju Odé do terreiro, além da decana do terreiro em tempo de sacerdócio, falecida em 4 de fevereiro de 2008.
Mãe Nitinha também era a Iya Agan do terreiro Ilê Babá Agboulá em Itaparica (Amoreiras) conhecido por "Bela Vista", embora não tenha confirmado este posto religioso.
Aguardando sucessão de 2020.
FINADA MÃE TATÁ D. OXUM.
Altamira Cecília dos Santos mais conhecida como Mãe Tatá Oxum Tomilá - filha legítima de Maria Deolinda, foi a oitava Iyalorixá do Candomblé da Casa Branca do Engenho Velho auxiliada pela Iyakekerê Juliana da Silva Baraúna e Otun Iyakekerê, Iyatebexê e Iyaodé Areonite da Conceição Chagas.Morreu em dezembro de 2019, aos 96 anos.
FONTE : Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
NOVA HERDEIRA SERÁ ANUNCIADA NO PROXIMO DIA 07 DE DEZEMBRO.
A Casa Branca vive um dos seu momentos sagrados pois se realiza nesta semana a Celebração Fúnebre do Axexê de um ano da falecia Iya Tatá D Oxum.
Axexê cerimônia realizada após o ritual fúnebre (enterro) de uma pessoa iniciada no candomblé.
Tudo começa com a morte do iniciado, chamado de ultima obrigação, este ritual é especial, particular e complexo, pois possibilita a desfazer o que tinha sido feito na feitura de santo, é bem semelhante com o processo iniciático chamado de sacralização, só que agora este procedimento é uma inversão chamada de dessacralização, no sentido de liberação do Orixá protetor do corpo da pessoa.
O processo de preparação e entrega, ou despacho do Carrego de Egum é a cerimônia fúnebre mínima que se dedica a qualquer iniciado no candomblé quando morre. As variações surgem, como foi já colocado, dependendo do grau iniciático ao qual pertencia o morto mas também da Nação em que fora iniciado.
Se o morto era uma pessoa graduada na religião é que mereceria um Axexê. O Axexê nesses casos antecede ao Carrego de Egum e consiste em uma, três ou seis noites de cânticos e danças na qual se celebra a partida do iniciado para o outro mundo, rememorando o nome de outros iniciados já falecidos e, enfim, os eguns em geral.
Após a Cerimônia Fúnebre o Babalorixá Ayrzinho D Oxoguian do Ásé Pilão de Prata irá realizar o jogo do Oráculo ( Buzios ) com a presença de testemunhas e o Conselho do Àsé , para anunciar a nova Herdeira da Cadeira do Àsé Engenho Velho , mais conhecido como Casa Branca ou o mais certo Ilê Axé Iyá Nassô Oká, mantido pela Sociedade São Jorge do Engenho Velho.
Vamos aguardar , fique ligado no Agen Afro .!

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