Em outras oportunidades, já repudiamos nesse espaço, a assimilação da Divindade Èsù com o diabo. Em verdade, para nós “Aboorisa” (Adoradores de Orixá), não há a figura do diabo conforme características disseminadas em alguns credos religiosos. A despeito disso, acreditamos em “Elenini”, que podemos definir como o infortúnio, o cômputo da negatividade que invariavelmente nos cerca e que também geramos (não confundir com “Ajogun”, já comentado nessa fanpage).Elenini é mais que o caluniador, Elenini é a própria calúnia. É o falso acusador que busca na fraqueza religiosa de alguém, a fresta necessária para edificar a negatividade, a inveja e disseminar todo e qualquer tipo de processo depreciativo. Nessa empreitada, Elenini incessantemente objetiva cercear o crescimento, atuando como uma espécie de trava do crescimento, conhecimento e do autoconhecimento. Nessa ótica, não há como olvidar de refletir que, por atuação de Elenini, a própria vítima torna-se também uma implacável geradora da desordem. Para Elenini não há em ninguém a personificação do bom e sim o inverso, isso é o que podemos chamar de “ibi”.
A primeira manifestação de Elenini, quiçá surgiu ainda à época da criação do Aye, por determinação de Olodunmare, narrativa que abordaremos em outra publicação. Fato é que o mais importante, a saber, conhecer sobre Elenini, é como blindar-se de Elenini. Sobre isso, falamos: “Elenini é o falso acusador que busca na fraqueza religiosa de alguém, a fresta necessária para edificar a negatividade, a inveja e disseminar todo e qualquer tipo de processo depreciativo”. Com efeito, o que podemos afirmar nessa perspectiva é que o melhor remédio é, em verdade, a prevenção. E prevenção nesse caso é o zelo por aquilo que verdadeiramente temos como sagrado, o nosso “Ori”. Aqui, a saúde de Ori é fundamentalmente necessária para mitigar Elenini.
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