O Fundamentalismo Religioso Cristão
Durante o século XIX e início do século XX, organizações cristãs (católica, protestante e evangélica) reagiram, através de eventos e notas, às ideias que colocavam o cristianismo à prova. Nesse sentido, enfatiza-se um jeito de ser cristão: aquele que reafirma e defende com unhas e dentes a inerrância bíblica. Momentos mais conhecidos como: as encíclicas papais do século XIX, a série The Fundamentals, a Assembléia Geral Presbíteriana de 1910 e o Julgamento do Macaco ajudaram a sistematizar as ideias fundamentalistas que nos impactam até hoje. Infelizmente, é possível encontrar exemplos de atitudes fundamentalistas no tempo presente. Por não aceitarem ideias diferentes e anularem a religião do outro, o fundamentalista, que acredita estar fazendo a vontade do seu Deus, é intolerante, ocasionando uma série de violência: como a destruição de terreiros, por exemplo. Além disso, há dois personagens que sistematizam bem como esses religiosos atuam: As discussões protagonizadas pela Ministra da Família, Damares e pelo presidente de uma instituição científica, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Benedito Aguiar, ressuscitaram questões, sobre criacionismo vs ciência, que já foram superadas na década de 1920, após os fundamentalistas serem ridicularizados mundialmente, após o Julgamento do Macaco. É preciso, portanto, sempre que possível, resgatar historicamente casos que envolvam os fundamentalistas para nos lembrar o quanto as discussões deste movimento são reacionárias.
Por Profª Tayná Louise de Maria - Historiadora, pesquisadora do LHER e mestranda do PPGHC
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