Aos 56 anos, Celina Rodrigues, mais conhecida como Mãe Celina de Xangô, tem sua trajetória diretamente ligada à região do Cais do Valongo, na zona portuária do Rio. Ao lado do sítio arqueológico de um dos principais portos de entrada de africanos escravizados nas Américas, ela mantém —sem recursos de governos— o Centro Cultural Pequena África, que resgata e difunde a história e a cultura afro-brasileiras. Com a pandemia da covid-19, a ONG sediada na Casa da Guarda, no Jardim Suspenso do Valongo, teve que fechar as portas para visitação. Segundo Mãe Celina, a região foi ocupada por moradores de rua, teve as portas arrombadas e corre o risco de fechar definitivamente por falta de recursos. "Estamos vendo um trabalho de mais de dez anos ser destruído", lamenta.
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