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Ekó - Acaçá

No candomblé, durante os ritos, a nossa individualidade é apresentada simbolicamente ao Orun, pelo àkàsà ou como também é chamado o ekó. Outro significado importante é que ele representa a nossa ligação com o Orixá, que como o alimento, deve ser densa, pura e protegida.
Ele é feito com a farinha de milho ou a canjica branca batida, que levados ao fogo se torna um mingau branco que é colocado ainda quente na folha de bananeira, que chamamos de ewè ogedè, devidamente limpas e passadas na chama do fogo. O dono do ekó, é Oxalá e aceito por todos os Orixás e também pelos ancestrais, esse alimento é usado por todas as nações yorubás e algumas famílias descendentes dos bantus.
Não é em todo lugar do Brasil ou até mesmo fora dele, que vamos encontrar a folha de bananeira para fazer o ekó, por isso muitas vezes a ewè ogedè é substituída pela folha da mamona, a ewè lárá, ou como certa vez me disse um mais velho, “meu filho quando não há nem uma nem outra, procure uma folha que nasça em um pé que não tenha espinhos”.
Existem algumas variações do ekó, como o “acaçá de leite” que é preparado como a massa de manjar e geralmente é usado no Bory, o “acaçá vermelho” que é feito com fubá ou farinha de milho amarela e temperado com um pouco de dendê, e ele é muito apreciado por Exú, Ogum e Odé, ou até mesmo o que é feito massa de feijão preto bem cozido, que é usado em alguns ebós, que chamamos de “acaçá preto”.

 

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